Ler faz bem!
Ler faz bem!
A leitura é um exercício valioso para o cérebro e para a capacidade da nossa mente, mas é, sobretudo, um caminho que nos aproxima da compreensão do mundo e da nossa própria compreensão e nos ajuda a estruturar o pensamento, a exprimir adequadamente as nossas ideias e os nossos sentimentos, a olhar, com espírito crítico, o mundo e a vida.
A leitura é um alimento inesgotável para a imaginação e para a criatividade, uma porta que nos permite estar sempre acompanhados e nos oferece o horizonte infinito do sonho, do mundo possível que nos empurra à ação.
Ler faz bem! “Ler é saber +”! Quem o garante, desta vez, são oito alunos do 12.º ano, no âmbito do seu “Projeto de Leitura”, na disciplina de Português…
O Teorema de Katherine, de John Green
A estrutura da história é completamente única. Foi tudo pensado ao pormenor, as palavras encaixam umas com as outras na perfeição e o contexto como tudo aconteceu é absolutamente incrível.
Ana Isabel Pinheiro
Viver Depois de Ti, de Jojo Moyes
Este é um livro diferente. É um livro que não se lê quando se pretende saber mais ou saber coisas novas e diferentes. Mas, às vezes, é preciso um livro assim, que, mesmo não acrescentando nada ao que eu já sou e já tenho, me leva para longe, me faz refletir e olhar para a vida e para o seu valor, numa perspetiva diferente.
Inês Dias
Como Ser um Treinador de Excelência, de Alcino Rodrigues
O amor pelo Desporto, a paixão pelo Futebol, o gosto pela análise e pelo pormenor. Tudo isto leva-me a ter uma enorme vontade de querer aprender cada vez mais, para que um dia possa ensinar e deixar também a minha marca, não só na vida de vários atletas, como na história do desporto-rei.
A persistência é o caminho do êxito e o caminho faz-se caminhando.
João Fernando Cunha
O Quarto de Jack, de Emma Donoghue
O Quarto de Jack é uma história muito interessante, uma vez que retrata temas bastante atuais, como sequestros e violações de jovens.
Aconselho a sua leitura, não só pela história em si, mas também pela mensagem que nos transmite, alertando-nos para a sociedade em que vivemos e para os seus aspetos negativos.
Marta Araújo
O Diário da Nossa Paixão, de Nicholas Sparks
Para mim, O Diário da Nossa Paixão, de Nicholas Sparks, foi o mais emocionante e talvez o mais triste dos livros que já li.
Ao longo da sua leitura, verifiquei que apresenta duas perspetivas de um grande amor que não acabava com o passar dos anos, mas tinha que se adaptar às diferentes fases da vida e às partidas que esta lhes pregava.
Para concluir, posso afirmar que aprendi muito com este romance, principalmente a aproveitar a vida sempre da melhor forma possível, pois ela é só uma e não sabemos quando acaba.
Sandy Leitão
Queimada Viva, de Souad
Este livro fez-me pensar e refletir acerca de muita coisa... A desigualdade de género, a falta de liberdade e de direitos das mulheres, em certos países... Mas, principalmente, sobre o facto de que nós, mulheres, não temos bem a noção da sorte que temos em haver nascido aqui!
Este livro é um apelo contra o silêncio que cobre o sofrimento e a morte de milhares de mulheres. São elas, como poderíamos ser nós... Não podemos ficar indiferentes a isto!
Não posso dizer que gostei do que li, não gostei! Não queria que existissem livros assim, muito menos histórias de vida assim... Mas como, infelizmente, são uma realidade, este livro é como que um alerta e um apelo à mudança!
Aconselho vivamente a sua leitura!
Micaela Oliveira
A Metamorfose, de Franz Kafka
“Certa manhã, ao acordar, após sonhos agitados, Gregor Samsa viu-se na sua cama, metamorfoseado num monstruoso inseto”.
A Metamorfose conta-nos a história de um exemplar caixeiro-viajante, Gregor Samsa, que sofre a tragédia de se transformar num inseto, da noite para o dia. No entanto, Gregor é apenas a personagem escolhida por Kafka para materialização de uma ideia de marginalização, discriminação, angústia individual, solidão e desesperança humana. Através dele, é transmitida uma situação atual da qual milhares de pessoas são vítimas, vivendo praticamente ignoradas e sem conseguir comunicar com o Mundo.
Para além disso, nesta narrativa simbólica, tal como é característico deste autor, é explorado o totalitarismo da burocracia. Neste caso em particular, é caracterizado por um constante controlo da entidade hierarquicamente superior para com a inferior, o que se torna claro, por exemplo, quando, à mínima falha de Gregor com as suas responsabilidades profissionais, o seu chefe vai a sua casa, chamando a atenção para tal facto.
Deste modo, A Metamorfose é um livro cuja mensagem não deve ser interpretada no sentido literal sem ir além da sua história fictícia, que o torna, por isso, um dos livros mais influentes da literatura moderna.
Margarida Seco
Tudo, tudo… e nós, de Nicola Yoon
Tudo, tudo… e nós, de Nicola Yoon, conta a história de Madeline Whittier, portadora de uma doença extremamente rara que debilita o seu sistema imunológico e o torna incapaz de combater vírus e bactérias que fazem parte integrante do mundo em que vivemos. Esta sua condição de vida impede-a de sair de casa e de interagir com outras pessoas, para além da mãe e da sua enfermeira.
Apesar da sua deficiência a isolar do mundo, Maddy, que é uma jovem inteligente, curiosa e observadora, passa muito do seu tempo a ler. Além disso, frequenta aulas de arquitetura, durante as quais dá asas à sua criatividade com a construção de inúmeras maquetes, nas quais coloca sempre a figura de um astronauta, o seu alter ego, já que é assim que ela se sente em relação ao resto do mundo.
Os seus 18 anos foram passados num círculo vicioso: todo o seu mundo se resume à casa onde vive, sendo a janela do seu quarto o seu único contacto com o exterior. É precisamente através desta abertura para o horizonte que a sua vida se vai alterar, no dia em que vê pela primeira vez o seu novo vizinho.
Olly é o nome do rapaz. A sua silhueta alta, magra e sempre vestida de preto fá-lo parecer bastante ágil e confere-lhe um ar misterioso que desperta a atenção da rapariga. Esta atitude é mútua, pois a curiosidade do jovem torna-se evidente, mal vê Madeline à janela de sua casa. A partir desse momento, a jovem apercebe-se que existe mais para além daquilo que conhece e está disposta a arriscar para descobrir o mundo que a rodeia.
Esta obra veicula diversas mensagens relacionadas com temas como a resiliência, a esperança e a vontade de viver. De facto, Madeline poderia continuar a viver por muitos mais anos, protegida, no aconchego da sua casa, mas decidiu expor-se, para poder desfrutar plenamente de um momento único que a vida lhe oferecia.
Arriscar assim a vida pode parecer-nos uma atitude absurda e irrefletida, mas estaria Maddy realmente a viver, ou simplesmente a sobreviver?
Filipa Zamith