O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente

Sexta, 15 janeiro 2021

O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente

Caros Amigos!

Iniciamos um novo ano ainda com problemas velhos.

A vacina está aí, mas a pandemia também!

E a verdade é que, neste momento, a situação no Concelho de Ponte da Barca está extremamente grave. Com reflexos no Agrupamento, onde, no momento, cerca de cento e trinta de elementos da comunidade educativa estão impossibilitados de frequentar os espaços físicos das escolas. E o panorama nacional não está muito melhor. Nos dias que correm, os casos sobem exponencialmente. Já ultrapassamos a barreira dos dez mil casos positivos em cada dia, ao mesmo tempo que também ultrapassamos a barreira das cento e cinquenta mortes diárias. Estamos, todos, seriamente preocupados! E vivemos um novo estado de emergência com medidas mais gravosas!

A situação no nosso Agrupamento, nas duas primeiras semanas deste novo ano civil, revela um acréscimo de casos, que envolvem núcleos familiares inteiros e com reflexos na organização quotidiana das escolas. Há professores que lecionam a partir de casa para alunos que continuam na escola e há professores que lecionam e apoiam os alunos que estão em casa. Há funcionários em teletrabalho e há funcionários cuja ausência limita a prestação de alguns serviços. Há turmas em casa, turmas em que metade dos alunos está na escola e a outra metade em casa e turmas com um número de alunos que se conta pelos dedos de uma mão em casa e os restantes na escola. Assim como há turmas em que nenhum aluno está fora da escola! Queremos, nas próximas semanas, inverter esta tendência recente. Tudo faremos para que isso aconteça.

Organizar e coordenar a realização das tarefas associadas a esta múltipla realidade não é fácil. Mas o empenho no trabalho e o compromisso com o processo de ensino e o processo de aprendizagem da nossa comunidade educativa fazem-nos acreditar na superação das atuais dificuldades!

O Agrupamento, desde setembro de 2020, soube, para um ano letivo que sabia ser muito complexo, organizar-se como um todo para, com a colaboração das famílias e da autarquia, garantir que a segurança sanitária de todos seja o bem maior. Não descurou, contudo, o trabalho empenhado para que as aprendizagens fossem protegidas e incentivadas. Pensamos que, ao longo do primeiro período, conseguimos cumprir os nossos objetivos. Mas também temos plena consciência de que não foi possível garantir a normalidade desejada. Fomos tendo, sistematicamente, alunos, professores ou assistentes retidos em suas casas por ordem da autoridade de saúde. Contexto que, de alguma forma, influenciou a qualidade das aprendizagens.

No final do primeiro período, passadas tantas vicissitudes, pudemos, contudo, afirmar, com segurança, que atingimos boa parte dos nossos objetivos. E toda a comunidade educativa se sentia segura. Afinal, os profissionais deste Agrupamento foram empenhados e ofereceram o seu melhor para que os nossos alunos pudessem ter sucesso. Mas estávamos apreensivos com as celebrações de Natal e Ano Novo e com os dias de interrupção letiva.

Hoje, num contexto em que as mais baixas expetativas se vão confirmando, motivar toda a comunidade para a promoção da saúde e para a realização das aprendizagens é, mais do que nunca, essencial. É essencial valorizar o trabalho. Dos profissionais das escolas pela garantia de segurança que dão à sociedade e saúde públicas. Dos alunos, porque a autonomia e responsabilidade que lhes são exigidas os vão marcar para os futuros que necessitam de construir. Dos encarregados de educação, porque é preciso que sejam mais presentes nos processos de aprendizagem dos seus educandos. É preciso que todos, sem exceção, sejam profundamente empenhados e comprometidos. Consigo e com os outros.

Os próximos dias vão ser muito difíceis!

O processo de testagem de toda a comunidade educativa está a permitir identificar as situações de elementos positivos, mas assintomáticos e, em consequência, através do isolamento, quebrar possíveis cadeias de contágio. Também por aí se criam espaços mais seguros e se alimenta a confiança das pessoas!

Conscientes de que tudo pode mudar de um momento para o outro, saibamos, de uma vez por todas, repensar as nossas ações e reforçar os cuidados. Nas nossas casas e na escola. Cumpramos, com rigor, as regras de higiene social e sanitária.

Todos, não somos demais num tempo em que só com muito esforço e empenho será possível defender a saúde de todos. Porque é a saúde que temos que proteger. E só com saúde podemos construir mais e melhor conhecimento e melhores cidadãos. E protagonizar os sonhos que em nós carregamos! E essa é a enorme tarefa que recai sobre as escolas!

A mensagem que hoje Vos deixo, nesta difícil transição para um ano novo pejado de problemas velhos, é muito simples. Não sabemos o que o futuro nos reserva, mas podemos escolher enfrentá-lo com otimismo! Alicerçado no conhecimento do nosso trabalho e capacidades!

Foi Mahatma Gandhi que, entre muitos ensinamentos, também nos disse que “o futuro dependerá daquilo que fazemos no presente”.

E o presente obriga a que nos cuidemos.

Cuidem-se!

Obrigado!

Carlos Alberto Louro
Diretor
Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca

 


 

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