50 anos do Parque Nacional da Peneda-Gerês - Exposição e Colóquio assinalam o Parque do Futuro
50 anos do Parque Nacional da Peneda-Gerês
Exposição e Colóquio assinalam o Parque do Futuro
Encontra-se patente ao público, até ao dia 4 de junho, no átrio do bloco C da Escola Secundária de Ponte da Barca, a exposição “50 anos | 50 fotos do Parque Nacional da Peneda-Gerês”, da autoria do barquense Carlos Pontes, consagrado fotógrafo da Natureza.
A exposição, que assinala os 50 anos da criação do único parque nacional, pretende também dar a conhecer o trabalho de grande qualidade de um antigo aluno da Escola Secundária, valorizando o contributo que, através da fotografia e do vídeo, está a proporcionar ao nível da preservação e divulgação do PNPG e ainda em termos de educação ambiental e sustentabilidade.
A inauguração da mostra realizou-se na noite de 21 de maio, véspera do Dia Internacional da Biodiversidade, e contou com a presença dos Presidentes da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal, respetivamente Augusto Marinho e Michael Sousa, do Vereador Pedro Sousa Lobo, da deputada Sílvia Torres, e ainda do Diretor do Agrupamento, Carlos Louro, e de docentes e convidados.
O momento ficou ainda assinalado com a realização de um colóquio subordinado ao tema “PNPG – Um Presente com Futuro”, com transmissão em direto, via streaming, na página do Agrupamento e com a colaboração do “Peneda Gerês TV”, em que, para além de Carlos Pontes, intervieram Duarte Figueiredo, Sónia Almeida e Diogo Arezes.
Carlos Pontes realçou a importância da preservação da riqueza do património ambiental que herdamos e que temos a obrigação de saber transmitir aos vindouros, brindando ainda os participantes com um magnífico vídeo sobre a vida animal no Parque.
Novas formas de gestão
para garantir o Parque do Futuro…
Por sua vez, Duarte Figueiredo, Diretor do Departamento de Conservação da Natureza e da Biodiversidade do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), falou da excelência do território do Parque ao nível dos valores e do património naturais e da importância que sempre teve, ao longo destes 50 anos de existência.
Em termos de gestão, referiu que sempre existiu a preocupação de conferir valor acrescentado a este território, realçando as apostas nas certificações internacionais e no seu desenvolvimento sustentável.
No que se prende com a linha estratégica de ação, defendeu a implementação de novas formas de gestão dos valores naturais, com maior envolvimento das forças locais e dinamização do tecido empresarial, sempre sob o signo do equilíbrio, do aproveitamento e da inovação.
Na sua intervenção, Sónia Almeida, administradora delegada da ADERE Peneda-Gerês, apresentou alguns dos projetos desenvolvidos pela associação, com destaque para a recuperação de património construído, formação profissional de residentes, programa “Caminhar conhecendo – GR 50 – Grande Rota do PNPG”, que inclui um circuito de 200 Km distribuídos por 19 etapas, e ainda atividades de educação ambiental.
Tudo isto porque – afirmou Sónia Almeida – as pessoas representam um enorme património do Parque, conhecendo como ninguém o território, pelo que importa valorizar um ambiente de proximidade e de confiança entre os residentes e as entidades.
A encerrar as intervenções do painel, Diogo Arezes, Diretor de Sustentabilidade dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho e membro do Gabinete de Transição Económica do Município de Guimarães, partiu da análise do mundo em mudança em que vivemos, com as transições climática e digital, para falar do “Parque do Futuro…”.
Neste contexto, apresentou um conjunto de ações a implementar nos domínios da neutralidade carbónica, tecnologia sustentável, agricultura e biodiversidade, envolvimento e turismo e responsabilidade social.
O PNPG tem de se afirmar como um agente de mudança e para isso – sublinhou Diogo Arezes – tem de inovar, através da criação de projetos mobilizadores e da aposta em estratégias holísticas capazes de promover a sustentabilidade da região, tem de envolver a sociedade civil na persecução das metas traçadas e tem de ser capaz de legar um futuro no qual os pilares ambiental, social e económico se assumam como eixos estratégicos orientadores dos modelos de desenvolvimento societais.
No período de debate, a importância da educação ambiental voltou a ser colocada, falando-se ainda da necessidade urgente de as entidades responsáveis procederem à limpeza das margens do rio Lima, assim como da presença, entre nós, do lobo-ibérico, do urso e da águia-real.
A exposição e o colóquio são uma organização conjunta das equipas do Plano Nacional das Artes (PNA), da Biblioteca Escolar, do Clube Ciência Viva e ainda do Curso Profissional de Multimédia.
No âmbito da sua preparação, as turmas do 8.º ano realizaram pesquisas sobre as espécies animais expostas, nas aulas de Ciências Naturais, sob orientação do professor Alfredo Pereira.
A Organização