Danças Tradicionais Populares Portuguesas
Danças Tradicionais Populares Portuguesas
O termo dança tradicional remete para danças de grupo de origem popular que se dançavam nas vilas, aldeias, e que fazem parte de um corpo de conhecimentos culturais e coletivos.
A dança tradicional portuguesa contém em si mesma um conjunto de recursos diversificados para a transmissão, não só de um vocabulário motor, mas também de valores sociais e culturais.
A dança popular ou tradicional é componente específica do folclore, que se define como atividades espontâneas ligadas às práticas da história do povo. Folclore significa o conjunto de tradições e manifestações populares que provêm de mitos, danças e costumes que passam de geração em geração.
Quando falamos em dança folclórica, devemos considerar vários elementos que a constituem: o simbolismo, os acessórios, os trajes, a coreografia, entre outros.
A educação através da escola é parte fundamental no que diz respeito à sensibilização e conhecimento na área das danças tradicionais, junto dos mais jovens. Utilizando atividades de música e dança, podemos cativar miúdos e jovens a integrarem grupos de dança e folclore.
O Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca dinamiza, semanalmente, um grupo de folclore que engloba alunos, professores e funcionários.
Tendo por base pesquisa na área das danças tradicionais portuguesas, os alunos do 12º D concluíram o módulo Danças Tradicionais com a execução, filmagem e apresentação de três danças abordadas em espaço da aula: o regadinho, o vira e a cana verde.
Elementos das danças
Vira
Simbolismo: No século XVI, a origem do vira é a valsa oitocentista e o fandango. É uma das danças mais antigas de Portugal. O vira do Minho é a dança rainha do Alto Minho.
Forma: O vira é dançado em coluna ou em roda.
Acessórios: Mulher – Camisa branca, o colete, franjeiro, lenço da cabeça, saiote, saia branca, saia preta, meias, lenço do lado, socas, brincos e ouro; Homem – Meias, calças, camisa branca, colete, chapéu, faixa, sapatos.
Coreografia: Chama-se vira porque há uma viragem de corpos que lhe é característica, os homens são colocados em coluna e as mulheres ficam em frente e assim vão dançando frente-a-frente.
Técnica: Os homens vão avançando e as mulheres recuando, a situação arrasta-se até que a voz de um dançador se impõe, gritando “virou”, dão meia volta 3X e uma volta completa 3X também.
Cana Verde
Simbolismo: A cana verde é uma modalidade de dança de pares de origem espano-portuguesa. É popular em diversos sítios, representando variantes regionais em relação à música, à poética, à cantoria ou à coreografia.
Forma: É formada com duas rodas, uma de homens e outra de mulheres, que dançam em sentido contrário. Sem se tocarem, revezam de lugar, formando novos pares. Cada vez que se defrontam, dão uma batida de palmas.
Acessórios: Usam trajes, instrumentos como concertina e castanholas.
Coreografia: Dispostos em roda, os pares de braços erguidos vão girando vagarosamente no sentido contrário dos ponteiros do relógio. Os homens vão avançando e as mulheres recuando. Continuam até que alguém se impõe e fala “virou”.
Regadinho
Simbolismo: dança que se tornou muito comum no século XX. O povo do norte de Portugal acompanha-a à viola, mas também é dançada sem acompanhamento. Na Beira Litoral, a guitarra substitui a viola.
Forma: roda com troca de pares.
Coreografia: os pares, frente a frente e com os braços levantados, realizam pequenos saltos (passo saltado cruzado). Ambos os elementos cruzam primeiro a perna direita sobre a esquerda (sete tempos musicais), juntando as pernas no oitavo tempo musical. Segue-se o mesmo movimento com a perna esquerda a cruzar sobre a direita (sete tempos musicais), juntando as pernas no oitavo tempo musical. De braço dado, em sentidos contrários, raparigas e rapazes realizam três meias voltas (passo saltitado). No final da terceira volta, todas as raparigas devem avançar um lugar na roda, trocando de par e reiniciando a dança.
Professora Mafalda Cardoso, docente de Educação Física