Dia Mundial da Consciencialização sobre o Autismo

Terça, 02 abril 2024

Dia Mundial da Consciencialização sobre o Autismo

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Etimologicamente a palavra autismo vem do grego autos que significa “si mesmo”. Assim sendo, o autismo é um estado onde o indivíduo vive para si mesmo, ou seja, é uma condição em que a pessoa está imersa em si próprio.

Fala-se de espetro do autismo uma vez que há uma panóplia diversificada de sintomas, contemplando as formas mais leves até as mais graves.

É de conhecimento geral que o autismo se manifesta nos primeiros anos de vida de uma criança, sendo que há um conjunto de sintomas que podem indicar uma possível situação de autismo, como não apontar com o dedo para pedir ao mostrar até aos 16 meses, usar pouco contato ocular, não responder pelo seu nome ou apresentar comportamentos repetitivos, entre outros.

No entanto, é preciso fazer um diagnóstico bastante consistente para validar ou não as suspeitas de autismo.

Ainda que não haja conhecimento efetivo das causas do autismo, há evidências de que haverá uma predisposição genética, sendo que é reportado como causa também o papel de infeções e medicamentos durante a gravidez e até mesmo fatores ambientais, como a poluição.

O autismo pode ser classificado em três níveis, indo do mais ligeiro ao mais severo.

De uma maneira geral há dez sinais aos quais devemos estar especialmente atentos para podermos fazer um diagnóstico de autismo, a saber: atraso na fala; pouco contacto visual; pouca resposta aos chamados; o facto de brincar sozinho e não precisar do outro; risos ou choros sem motivo; estereotipias, ou seja, movimentos repetitivos das mãos em frente aos olhos; girar objetos sobre o próprio corpo; andar de pontas de pés; repetir sons ou olhar lateralizado. Para além destas ter estereotipias, outros sinais que podem indiciar autismo são intolerância à frustração; repetição de sons; interesse restritivo; manias, isto é, um jeito muito próprio de ser e de estar.

No dia 2 abril de 2024 comemora-se o dia mundial do autismo e nós, docentes de educação especial a lecionar no Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, consideramos importante assinalar da melhor forma possível esta data.

Diariamente lidamos com alunos autistas e cremos que é crucial percebermos todos, comunidade educativa, que cada aluno autista é único e especial no sentido mais positivo possível dos adjetivos referidos. Assim sendo, também não há uma receita única para lidar com este bolo tão peculiar que é o autismo e consideramos que, de forma a trabalharmos da melhor maneira possível com um aluno autista e potenciarmos ao máximo as suas capacidades e qualidades, devemos, em primeiríssimo lugar, pôr em prática a palavra empatia, ou seja, devemos ser empáticos com as singularidades das pessoas autistas e com as suas emoções por vezes tão difíceis de compreender. Para além da empatia, serenidade também deve ser uma palavra de ordem, pois, sempre que lidarmos com situações de crise, é imperativo darmos à pessoa autista alento, conforto e segurança e tal passa obrigatoriamente por mantermos a calma. Sendo que as crises podem acontecer com alguma regularidade, dependendo de vários fatores e do próprio nível de autismo, é importante seguirem estes conselhos: não grite; tenha paciência; retire estímulos do ambiente; apague as luzes; se sentir que a criança está incomodada, deve levá-la para um local mais tranquilo; tire objetos perigosos do local; livre-se de barulhos e de sons ruidosos; fale com um tom de voz baixa.

Para terminar, fazemos votos para que se continue a celebrar o dia mundial do autismo, de forma a que haja uma crescente consciencialização do que é este espetro e para que aprendamos a lidar com ele da melhor forma.

Grupo de Educação Especial

 


 

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