50 anos do 25 de Abril – Que percurso?
50 anos do 25 de Abril – Que percurso?
CRAVOS DE ABRIL
“Emergimos da noite e do silêncio”, relembrando Sophia, o que nos impulsionou para a celebração de Abril. E os Diretores de Turma do 2.º ciclo abarcaram a ideia, com atividades diversas para intemporalizar a importância da liberdade e da fraternidade, sobretudo nesta altura em que a nível global se vive um período tão conturbado.
Do sonho nasceram ideias, que, a pouco e pouco, se foram trabalhando e concretizando. E os Cravos de Abril aprimoraram a realização. Prepararam- se cravos, de diversas formas e feitios; fez-se uma exposição de fotografias da época, uma outra de livros que abordam o tema, recriou-se uma sala de aula “daquele tempo”; cantaram-se as ”Memórias de Abril”; encenou-se uma peça de teatro sobre a revolução; recriou-se uma manifestação…
Foi tanta e muita coisa. Foram reuniões e articulações, trabalhos e cansaços. Mas, houve realização plena. E, quando assim é, a alma enche-se de regozijo.
Cronometrando as diversas atividades, pode referir-se que,
no dia 22, fomos até aos Paços do Concelho, onde os alunos depositaram cravos, um grande por turma e outros mais pequenos, um por cada aluno;
nos dias 23 e 24, recebemos a visita de Américo Duro, professor que muitos anos lecionou nesta escola e que também esteve na guerra colonial. Veio até nós para partilhar o seu testemunho de vida. Momento revivalista e que muito entusiasmou os alunos do 5.º ano;
no dia 24, foi a abertura da exposição que fizemos à entrada da escola, com diversos cravos e um réplica de uma chaimite, arquitetada pelos professores Julieta Mendes e Félix Vieira e pelo assistente operacional, João Madama.
Neste dia, também tivemos as “MEMÓRIAS DE ABRIL”, atividade preparada e orientada pelas professoras Daniela Pereira e Sandra Fernandes. Foi um momento inaudito, soberbo de sons e ritmos, talhado e trabalhado pelos alunos e apoiado também por alguns músicos locais. E se uma gaivota voava, voava, também nós, como ela, somos livres de voar!
No dia 26, fomos “Todos à MANIF”. A iniciativa do Plano Nacional das Artes, à qual nos associamos, traduziu-se numa manifestação de apelo à PAZ. Relembrou-se à comunidade que a liberdade e o direito de manifestação são conquistas de Abril e que os devemos trabalhar para não caírem no esquecimento.
Ainda neste dia, “O 25 de Abril e os Troca-tintas” foi a peça de teatro que os alunos do 6.º B levaram à cena, orientados pelo professor Félix Vieira, coadjuvado pela professora Anabela Morais. Foi mais um momento de interacção, uma realização que importa registar pelo ato, pela mensagem e pela projeção futura.
No dia 30, foi o momento do professor Luís Arezes partilhar memórias de infância do período pré-revolução com os alunos do 6.º ano.
À laia de conclusão, e tendo presente as imagens divulgadas, será caso para dizer que o trabalho foi muito, mas a realização superou as expectativas e todo o esforço despendido. E, quando assim é, tudo vale a pena se a alma não é pequena.
Um agradecimento especial, para além de todos os nomes aqui referidos, a todos os que, direta e indiretamente, colaboraram na prossecução desta iniciativa. Bem hajam!
Celebrar Abril deverá ser sempre uma lufada de ar fresco que nos refresque na caminhada da vida e da democracia.
Os DT do 2.º ciclo