Mundo do Fim do Mundo (Luís Sepúlveda)

A história é muito simples.

Um jovem chileno, inspirado por “Moby Dick” de Herman Melville, parte para umas férias de aventura, com o intuito de ficar a saber mais sobre os baleeiros e a caça às baleias “caldéron”, nos Mares do Sul.

Uma vez a bordo do “Evangelista”, baleeiro comandado por Antonio Garaicochea, mais conhecido por “Basco”, e após algumas semanas no mar, o jovem confessa ao comandante que aquilo não era bem como ele pensava, ao que este lhe responde que fica feliz por saber de tal, pois as baleias são cada vez menos e é preciso “dar-lhes descanso”, afirma.

Uns anos mais tarde, já crescido e homem adulto, alia-se ao movimento da Greenpeace, juntamente com os seus quatro colegas de um escritório de Amesterdão.

Aquando da sua adesão, toma conhecimento de um barco-fábrica japonês: o “Nishin Maru” comandado pelo comandante Tanifuji cujo único objectivo parecia ser o extermínio de baleias e golfinhos, ilegalmente, com fins comerciais.

O “jovem” agora crescido não podia ficar indiferente perante tal acontecimento. Viajou pelo mundo inteiro à procura desse “navio-fantasma” até que com a ajuda do capitão Jorge Nilsen e a bordo do “Finisterre” o encontrou.

A “batalha” travada entre as duas embarcações parecia não ter futuro, até que os animais marinhos (baleias) e o “Finisterre” se uniram, conseguindo assim o derrube do baleeiro japonês e a paz para a fauna aquática naquele que muitos interpretam como sendo o “Mundo do Fim do Mundo”.

Como não podia deixar de ser, esta é mais uma história brilhante e empolgante de Luís Sepúlveda.

Gostei mesmo de ler o livro, até porque o assunto me interessa bastante. Posso até afirmar que me identifico bastante com o personagem principal. Este é um lutador, que não permanece indiferente em relação àquilo que se passa à sua volta, em relação àquilo que está mal.

Eu gosto muito da natureza e não suporto aquilo que se passa no país alheio em relação à fauna marinha, nomeadamente em relação às baleias, golfinhos e tubarões, tão apreciados pelos asiáticos. Acho até que este é um dos aspectos que melhor me assemelham ao personagem, personagem este que fez de tudo para mudar o que estava errado, conseguindo.

Um livro pequeno, com uma grande história. Assim se caracteriza  este romance,  uma história que nos faz pensar acerca das coisas, uma história que não nos deixa indiferentes perante os “males” do mundo que parecem ser mais e mais a cada dia que passa.

Telma Afonso, 10ºB

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