Labirinto (Dick Haskins)
Uma noite de temporal, uma estrada perigosa e uma ultrapassagem criminosa provocam a morte de William Slaughter e do mordomo da família. Mas tratar-se-á de um simples acidente rodoviário? Ou de um crime?
Neste livro, Dick Haskins apresenta-nos um investigador invulgar, médico, escritor, mordomo e motorista, e é através dele que acompanhamos as revelações da investigação. Num ambiente de alta sociedade e com personagens tão diversas quanto perturbadoras, este é um livro que tem tudo para prender o leitor.
De facto, “Labirinto” trata-se de um pequeno grande livro que apetece começar e não parar mais. Cheio de mistério, intriga, romance e, sobretudo suspeitos, consegue prender-nos à história de tal forma que não queremos que ela acabe mais! Sempre gostei de ler livros pequenos com grandes histórias e este trata-se, efectivamente, de um desses casos.
Há uns anos atrás costumava julgar muito os livros pelo seu aspecto e pelo tamanho, achava que um livro com quatrocentas páginas haveria de ter uma história do caraças e que os melhores livros teriam uma capa atraente e bonita. Velhos tempos! A experiência diz-me que (como é o caso) as boas histórias também estão por aí escondidas em livros cujas capas de atraente nada têm e que de tamanho pouco apresentam. Deste modo, acredito na possibilidade de vir a ler mais livros deste autor (que, embora o pseudónimo engane, é de nacionalidade portuguesa!) uma vez que fiquei bastante agradada com a leitura desta sua obra.
Com a sua escrita envolvente e a sua capacidade de nos guiar através de todas as possibilidades para, no final, nos surpreender de uma forma inacreditável, Haskins reafirma, neste “Labirinto”, a sua mais que provada mestria no género policial.
Uma bela obra, sem dúvida, para os apreciadores deste tipo de livro.
Telma Afonso, 11ºB