Parlamento dos Jovens 2019
Parlamento dos Jovens 2019
Como vem a acontecer desde há vários anos, a Escola Secundária de Ponte da Barca participa em mais uma edição do projeto "Parlamento dos Jovens", uma iniciativa promovida pela Assembleia da República.
Assim, durante o mês de janeiro, foram organizados debates, em contexto de turma e em contexto de ciclo de ensino, envolvendo 334 alunos do 3.° ciclo do Básico e 254 alunos do Secundário.
No âmbito desta dinâmica, foi lançado o processo eleitoral, em que se incluiu a formação de listas candidatas à eleição de deputados, a campanha e a eleição dos deputados à sessão escolar, no decorrer da qual se aprovou o “Projeto de Recomendação da Escola” e se elegeram os respetivos representantes às sessões a nível distrital, agendadas para o período compreendido entre 18 de fevereiro e 19 de março.
Os debates do 3.° ciclo contaram com a presença da delegada da ADERE-PG, Sónia Almeida, enquanto a sessão para alunos do ensino secundário, realizada a 21 de janeiro, registou a participação do deputado Carlos Abreu Amorim (PSD), eleito pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo.
Começando por dar a conhecer o funcionamento e a importância do trabalho da Assembleia da República, Carlos Abreu Amorim apresentou, em seguida, o tema da edição de 2019 do Parlamento dos Jovens, “Alterações Climáticas: reverter o Aquecimento Global”.
O deputado respondeu ainda a algumas questões colocadas pelos alunos, incidindo a sua atenção sobre temas que afetam o quotidiano dos cidadãos, tais como o desenvolvimento sustentável e o ambiente.
Os alunos tiveram a oportunidade de relacionar esta ação com o plano de Autonomia e Flexibilidade Curricular do Agrupamento, onde se desenvolvem os mesmos temas e se debatem as mesmas preocupações, propondo alterações de práticas e iniciativas muito concretas.
Recorde-se que o Parlamento dos Jovens tem como objetivos educar para a cidadania, estimulando o gosto pela participação cívica e política, dar a conhecer a Assembleia da Republica, o significado do mandato parlamentar, as regras do debate parlamentar e o processo de decisão do Parlamento, promover o debate democrático, o respeito pela diversidade de opiniões e pelas regras de formação das decisões, proporcionar a experiência de participação em processos eleitorais, estimular as capacidades de expressão e argumentação na defesa das ideias, com respeito pelos valores da tolerância e da formação da vontade da maioria e ainda sublinhar a importância da contribuição dos jovens para a resolução de questões que afetem o seu presente e o futuro individual e coletivo, fazendo ouvir as suas propostas junto dos órgãos do poder político.
A Organização
Apontamento Histórico - 31 de janeiro de 1891 – REVOLTA NA CIDADE DO PORTO
APONTAMENTO HISTÓRICO DA SEMANA
31 de janeiro de 1891 – REVOLTA NA CIDADE DO PORTO
A 11 de Janeiro de 1890, o governo britânico entrega a Portugal um memorando exigindo a retirada das forças militares existentes no território compreendido entre Moçambique e Angola, zona que era reclamada por Portugal. O governo da monarquia portuguesa cede a esta imposição, procedimento que não agrada ao partido republicano. Considera-se que este acontecimento tenha sido a principal causa para a ocorrência, a 31 de Janeiro de 1891, na cidade do Porto, de um levantamento militar contra o governo da Coroa. As forças revoltosas, vindas do Campo de Santo Ovídio (hoje Praça da República), descem a Rua do Almada, até à Praça de D. Pedro, (hoje Praça da Liberdade), onde, em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal do Porto, hasteiam uma bandeira vermelha e verde, símbolo do partido republicano, ao mesmo tempo que o Dr. Alves da Veiga, uma das figuras cimeiras desta revolta, proclama o governo provisório da República. A multidão, sobe, de seguida, a Rua de Santo António, (rebaptizada posteriormente para Rua 31 de Janeiro em memória desta ocorrência), em direcção à Praça da Batalha, onde é sustida, com muitos mortos e feridos, pela intervenção da artilharia e fuzilaria da Guarda Municipal, fiel à monarquia.
Fonte: Diário Illustrado n.º 6407, de 01-02-1891, 20.º ano de publicação, pp. 1 a 3
Para consultar o Jornal: Diário Ilustrado do dia 1 de fevereiro de 1891 clique aqui:
http://purl.pt/14328/1/j-1244-g_1891-02-01/j-1244-g_1891-02-01_item2/j-1244-g_1891-02-01_PDF/j-1244-g_1891-02-01_PDF_24-C-R0150/j-1244-g_1891-02-01_0000_1-4_t24-C-R0150.pdf
Reportagem RTP acerca das comemorações da revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891, no Porto.
http://www.youtube.com/watch?v=xn_WTFzk4nY
P.S.
A 31 de janeiro de 1963 nascia na Quinta da Taboadela, freguesia de Silvã de Cima, concelho de Sátão, distrito de Viseu, António João Guerra.
DCSH - Grupo Disciplinar de História
Maria Paula S. Silva, António João Guerra
Apontamento Histórico - 24 de janeiro de 1965 – Morreu Sir Winston Churchill
APONTAMENTO HISTÓRICO DA SEMANA
24 de janeiro de 1965 – Morreu Sir Winston Churchill
No termo de uma agonia de nove dias que comoveu o mundo, morre, em Londres, a 24 de janeiro de 1965, Sir Winston Churchill, estadista e historiador britânico.
Fonte: Diário Popular n.º 8003, de 24-01-1965, p. 1 e 15
Por ocasião do 90.º aniversário do seu nascimento, o Diário de Lisboa havia escrito: «O [seu] nome tem significado universal e, em toda a parte, se invoca como um símbolo. Sem ele, seria diferente o destino dos povos». O mesmo jornal vespertino informava que, nesse dia natalício, Sir Winston Churchill havia recebido um número «record» de 60 000 telegramas, cartas e bilhetes com votos de felicidade.
Fonte: Diário de Lisboa n.º 15073, de 30-11-1964, p. 1 e 14
DCSH- Grupo Disciplinar de História
Maria Paula S. Silva, António João Guerra
Desporto Escolar Basquetebol Iniciados Masculinos
Desporto Escolar Basquetebol Iniciados Masculinos
A equipa de Basquetebol (Iniciados Masculinos) da Escola Secundária de Ponte da Barca disputou a 1.ª jornada, no dia 12 de janeiro, em Ponte da Barca.
A nossa equipa disputou dois jogos. Foi a primeira experiência competitiva deste grupo de alunos, em que se notou alguma falta de experiência, que foi compensada por muita força de vontade.
Os resultados dos jogos foram os seguintes:
- ES de Ponte da Barca x EB António Feijó – 20-0
- EB António Feijó x EB Dr. Pedro Barbosa – 0-20
- EB Dr. Pedro Barbosa x ES de Ponte da Barca – 35-18
No dia 26 de janeiro, disputa-se, em Ponte de Lima, a 2.ª jornada desta fase.
Professor João Pereira
Aprender fora da sala de aula na Central Hidroelétrica do Alto Lindoso
Aprender fora da sala de aula na Central Hidroelétrica do Alto Lindoso
As atividades educativas fora do espaço formal da sala de aula são um recurso que pode ser utilizado para enriquecer a transmissão de conhecimentos do conteúdo do ensino de ciências. Estas atividades fora do espaço formal da sala de aula são imprescindíveis para associar o conteúdo ministrado em sala com a realidade do meio e dos acontecimentos diários, proporcionando uma transmissão de conhecimentos de maneira descontraída e momentos de socialização.
Desta forma, os alunos da turma A do 11.º ano do Curso de Ciências e Tecnologias do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, no âmbito do PCIAE (Programa de Combate ao Insucesso e Abandono Escolar) - Alto Minho e com os objetivos do PNPSE (Plano Nacional de Promoção de Sucesso Escolar), aprenderam Física e Geologia na Central Hidroelétrica do Alto-Lindoso. No âmbito da disciplina de Física e Química A, abordaram a ‘‘Indução Eletromagnética’’ e, na disciplina de Biologia e Geologia, o tema ''Ocupação antrópica e problemas de ordenamento'' ligados à construção de barragens.
Na visita guiada ao interior da barragem, foi possível observar as várias turbinas e válvulas que potenciam uns dos maiores produtores hidroelétricos da Europa e ficar a conhecer todo o processo de produção e distribuição de energia elétrica do nosso concelho.
Consideramos que este tipo de iniciativas são oportunidades para valorizar o património do nosso concelho, mas também para aprender conteúdos curriculares fora do contexto de sala de aula. Esta ligação a contextos reais foi motivadora e facilitou a experimentação de sensações potenciadoras da aprendizagem.
Alice Moutinho e Ana Beatriz Afonso, 11.º A
“A memória é um fator de identidade”
“A memória é um fator de identidade”
A convite da Dra. Carla Barbosa, os alunos da Escola Secundária de Ponte da Barca tiveram o prazer de visitar a Exposição Comemorativa dos 270 Anos do Hospital da Misericórdia de Ponte da Barca. As visitas foram agendadas para a semana de 14 a 18 de janeiro e proporcionaram-se aos alunos das turmas A, B, C, D, E e F, do 9.º ano, 11.º B e 12.º C aulas de História diferentes. Acompanhados pelos respetivos docentes da disciplina de História, os alunos deslocaram-se à exposição, numa perspetiva de valorização da História Local. Uma exposição pedagogicamente bem concebida e conseguida, dinâmica e bem orientada, simples do ponto de vista interpretativo, esclarecedora. Intervenientes bem colocados, simpáticos, alegres e afáveis. Os alunos aderiram muito bem a este tipo de aula diferente.
A professora,
Maria Paula Santos Silva
Biblioteca Escolar é enriquecida com oferta de fundo documental
Biblioteca Escolar é enriquecida com oferta de fundo documental
O fundo documental das Bibliotecas do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca acaba de ser enriquecido com um conjunto alargado de obras que a professora Helena Sena teve a gentileza de oferecer.
A oferta contempla obras de várias áreas do saber, mas o destaque vai para a classe 0 (generalidades), com a docente do 1.º Ciclo do Ensino Básico a disponibilizar diversos dicionários e enciclopédias, nomeadamente, a título meramente exemplificativo: “Enciclopédia Luso-brasileira de Cultura” (22 volumes); “Geografia Universal – Grande Atlas do século XXI” (18 volumes); “Dicionário Enciclopédico” (3 volumes); “Biblioteca do Lar” (7 volumes).
As Ciências Naturais (classe 5) e a Literatura (classe 8) também marcam uma presença significativa, com a oferta, por exemplo, de títulos da colecção Safari e ainda de 15 obras de Eça de Queiroz, de 3 volumes com a obra completa de Luís de Camões (“Teatro e Cartas”, “Lírica” e “Os Lusíadas”) e de um conjunto alargado de títulos das coleções Sherlock Holmes e Biblioteca de Verão.
Por este gesto de cidadania e de sintonia com a missão que a Biblioteca Escolar é chamada a cumprir, tendo em vista a formação de cidadãos autónomos e responsáveis, aqui deixamos o nosso público agradecimento: Muito obrigado, professora Helena Sena!
Biblioteca Escolar
Apontamento Histórico - 19 de janeiro de 1839 – nasceu Paul Cézanne
APONTAMENTO HISTÓRICO DA SEMANA
19 de janeiro de 1839 – nasceu Paul Cézanne
Pintor francês, nasceu em Aix-en-Provence, no sul de França, e morreu a 22 de outubro de 1906, na sua cidade natal. Filho de pais abastados, estudou em Aix – onde conheceu e se tornou amigo de Émile Zola – e em Paris, onde teve os primeiros contactos com artistas impressionistas como Camille Pissarro e Henri Matisse.
A maturidade artística de Cézanne foi lenta. Embora não recusasse os aperfeiçoamentos alcançados no domínio da pintura, e designadamente na cor, pelos impressionistas, não se sentia atraído, como Degas ou Monet, pela captação de um momento fugaz. Procurou, assim, combinar as suas conceções sobre a cor com uma estrutura mais sólida do espaço pictórico. A composição da Natureza Morta com Cesto (1888-1890), nas suas numerosas versões, tomou alguns anos de estudo. Tentou sugerir o volume, não através de jogos de luz, como era de tradição desde Giotto, mas usando a própria cor. As diferentes tonalidades fazem avançar e recuar o espaço, o que permite estabelecer uma sucessão de planos que modelam as massas dos objetos. Nas versões de A Montanha de Santa Vitória, retirou da paisagem os elementos necessários, de modo a formar uma "arquitetura", uma composição estruturada que propõe um todo coerente.
Aplicou os mesmos princípios à figura humana em As Grandes Banhistas (figura em destaque), constituindo uma composição geométrica – as árvores estabelecem um esquema triangular, juntamente com o grupo de banhistas e os dois grupos de mulheres formam dois novos triângulos dentro do anterior. As próprias banhistas veem as suas formas estilizadas e geometrizadas, tal como um tronco de árvore na montanha de Santa Vitória ou uma maçã nas naturezas mortas.
Cézanne baseou a sua busca num postulado: o de submeter os dados do real ao objetivo da pintura e não o contrário. Aqui começa toda a aventura da arte moderna, que passa pela integração da natureza fundamental do objeto e das virtualidades pictóricas que esse objeto encerra. O mesmo é dizer, vê-lo não na sua particularidade, mas na sua essência.
Fonte: https://www.infopedia.pt
DCSH- Grupo Disciplinar de História
Maria Paula S. Silva, António João Guerra
Pat R apresenta romance e inspira estudantes do Secundário
Pat R apresenta romance e inspira estudantes do Secundário
A mais recente obra de Pat R (nome artístico de Patrícia Ribeiro), “Os homens nunca saberão nada disto”, esteve no centro de uma interessante e inspiradora conversa que a autora manteve com alunos do Secundário.
Ao longo de duas sessões, a jovem escritora apresentou o romance e conversou sobre o processo criativo, dando ênfase à simbologia que une as personagens ao longo do enredo: a música, o tempo e o Mount Shasta (imagem da capa).
Influenciada pela cultura norte-americana (literatura, música, cinema), a obra trata da história de uma família contada através do tempo e da música, pela voz dos dezoito filhos que poderiam ter resultado de um encontro entre Ian e Jeannette.
O projeto inclui ainda o chamado livro de extras (romance gráfico), com dois tipos de conteúdos: recriação de elementos que são reais no universo da história e várias interpretações das 11 personagens, feitas por diferentes ilustradores (23, portugueses e internacionais). Entre estes documentos, temos a árvore genealógica da família, o álbum de fotografias (com 9 fotografias recriadas da história), o LP/CD que o protagonista lança (vem incluído no final do livro) e 3 quadros que a avó pinta. Os restantes capítulos do romance gráfico dedicam-se à reinterpretação das 11 personagens pelos diferentes artistas convidados.
Acreditar e trabalhar
Num registo muito expressivo, que prendeu o público do primeiro ao último instante, Pat R explorou as várias linguagens presentes no trabalho, com a projeção de ilustrações e a audição de músicas que fazem parte das histórias de cada uma das personagens, cujos temas foram recriados por músicos a quem a autora endereçou convite.
No diálogo que manteve com os alunos, a jovem escritora salientou a importância da imaginação na leitura e valorizou a inter-relação “natural” entre a escrita e a ilustração, realçando a sinergia entre a literatura e as diferentes artes, nomeadamente, a música.
Sempre num clima descontraído, a autora partilhou ainda com os alunos o seu testemunho de vida, sublinhando que é fundamental acreditarmos nos nossos sonhos e nas nossas capacidades e, a partir daí, trabalhar incessantemente, sem nunca nos deixarmos vencer pelo desânimo.
Pat R
Pat R cresceu num ambiente altamente influente a nível artístico e, desde criança, desenvolveu um gosto particular pela música, cinema, fotografia e literatura.
Começou a escrever muito cedo, tendo completado o primeiro trabalho mais extenso aos 12 anos. A partir de então, dedicou-se, incessantemente, à escrita de argumentos, romances, poesia e contos, durante os anos de ensino secundário e de faculdade.
Estudou Estudos Artísticos, Publicidade e Marketing e Cinema e, em 2014, decidiu dedicar-se exclusivamente à escrita.
Para além de “Os homens nunca saberão nada disto”, já publicou também duas novelas: “Inércia” e “O Pijama da Gata”.
Biblioteca Escolar
O Sonho comanda a Vida
O Sonho comanda a Vida
Os alunos do 12.º ano, turmas A e B, lançaram mãos à obra e trataram de exercitar a expressão escrita.
Sob a orientação da professora Laura Rodrigues, docente de Português, deram largas à sua criatividade, produzindo um texto sobre a importância do sonho na vida do ser humano ou, se preferirmos, sobre o valor da “loucura” na história das nossas vidas e no progresso da Humanidade.
Partilhamos seis dos trabalhos…
O sonho... é uma planta?
Vivo, diariamente, a questionar-me qual é o meu verdadeiro sonho, o que me pode fazer voar mais alto e no que realmente sou apaixonada.
Creio que sonhar faz, naturalmente, parte de nós e ter vontade de arriscar e de viver com mais cor é, sem dúvida, algo indispensável à nossa existência. Todos os caminhos precisam de uma motivação, de um trajeto, de um sonho.
Por coincidência, comecei a ler um livro que me ofereceram este Natal – "Trate a Vida Por Tu", de Daniel Sá Nogueira, um livro motivacional que, eventualmente, explica como cada um de nós pode chegar ao que sempre ou nunca sonhou, de maneiras mais ou menos "loucas" dependendo de cada um, porque cada ser humano é singular e especial.
Eu, como tantos outros jovens, idealizo o meu futuro e intriga-me pensar em como será. O sonho não me indica onde eu chegarei, mas é, claramente, a minha força impulsionadora para chegar cada vez mais alto, é uma aventura por um deserto desconhecido em busca de algo que nos parece platónico.
Finalizando, o sonho é uma planta que deve ser regada todos os dias para que cresça. Assim, cultivamos a nossa esperança, o nosso sentido de vida e o que nos faz, realmente, despertar depois de infelizes derrotas e melancolias.
Ariadna da Silva Araújo
O sonho é o comando da vida. É a partir do sonho que criamos objetivos e lutamos dia a dia para os realizar.
Fernando Pessoa, num dos seus poemas, diz “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. Na minha opinião, não há maneira mais simples e fácil de descrever a importância do sonho na vida de qualquer pessoa.
Ao longo do percurso escolar, todos nós estabelecemos metas. Essas metas são criadas por nós próprios, tendo em conta um objetivo, um sonho, que para alguns passa por entrar na universidade e tirar um curso superior.
Também no passado foi o sonho e a “loucura” que fizeram de Portugal aquilo que é hoje. Não me refiro só aos Descobrimentos que foram, sem dúvida, o maior feito dos Portugueses, mas foi graças ao sonho de conquistar a liberdade que, no dia 25 de abril de 1974, muitos patriotas, com a sua ”loucura”, saíram à rua e lutaram. É por isso que Portugal é um país tal como hoje o conhecemos.
Em suma, se não fosse o sonho, o que é que guiaria a nossa vida? Como é que estabeleceríamos objetivos se não tivéssemos a “loucura” de sonhar?
Armanda Cerqueira
Opiniões Reprimidas de um Pombo:
O Homem é doido. Nunca vi espécie alguma a cometer tamanhas loucuras como só ele o faz. Ora agora quer isto, ora agora quer aquilo, quando dá por ela já está metido numa encruzilhada sem saída ou tem a cabeça a prémio.
Olhem só aquelas criaturas que se foram sujeitar aos perigos do mar só porque teimaram que havia mais mundo… E o outro indivíduo? Aquele que pôs em causa todas as crenças sociais e religiosas (ou lá como se diz) só porque lhe deu para construir um telescópio? Louco! Mas o pior de tudo isto foram aqueles dois irmãos que decidiram que era possível uma pessoa voar! Se fizessem o que lhes compete! O Homem é um ser da terra, as sardinhas do mar e nós, somente nós, pertencemos aos céus. Intrometidos.
Eu já vi muito ser estúpido, mas não há espécie que lhe pare o pistão tantas vezes como a esta.
Para ser franco, sinto pena deles. Não conseguem dar prioridade às coisas verdadeiramente importantes: garantir a continuação da espécie, procurar um bom sítio para o ninho, fugir dos cães no parque… Enfim.
Carolina Fernandes
A importância da “loucura” na vida do ser humano
O ser humano tem evoluído ao longo do tempo. E essa evolução só é possível graças à “loucura”, sendo o sonho e o desejo o que nos torna suscetíveis à mesma.
Sonho e desejo, ambos imateriais, mas com a capacidade de mudar o real e fazê-lo por vezes parecer surreal. Estes, de acordo com a minha opinião, são conceitos benéficos, pois permitem a criação, a inovação e idealizam o progresso. Encontramos um bom exemplo na Guerra de Troia, onde os Gregos utilizaram o cavalo que permitiu enganar os troianos, fingindo a derrota. Essa ideia surgiu devido ao desejo de vitória e ao sonho de conquista.
Por vezes, a “loucura” é mais ousada e demonstra a sua força nos momentos mais críticos. O golo final de Éder que permitiu a Portugal ganhar o Euro2016 é um bom exemplo disso. Naquele momento, todos os Portugueses que derramavam lágrimas, os jogadores que vertiam suor, todos compartilharam da mesma “loucura”. Não havia o termo os Portugueses, pois éramos um só, éramos Portugal.
Finalizo, dizendo, apenas, que são estas qualidades que definem o ser humano e que, apesar de não podermos vê-las, podemos ver os seus efeitos. São várias as possibilidades e as portas que podemos abrir, quando estamos sob a influência da “loucura”.
Duarte Gomes
Os sonhos
Acerca dos sonhos, o que dizer? A meu ver, e na perspetiva de tantos outros, o sonho é a nossa maior esperança e, como tão bem sabemos, o sonho comanda a vida, ora positiva ora negativamente. As nossas ânsias têm a capacidade de alterar os nossos comportamentos e conceções de vida.
Por um lado, uma vida sem sonhos equivale a uma casa sem janelas, uma biblioteca sem livros. Vivemos para o sonho e em função dele, numa busca incessante de sentido para a nossa caminhada no mundo. Refiro, a título de exemplo, o quanto lutamos e nos dedicamos para construir um futuro tão bom ou até muito melhor do que aquele que é idealizado, por exemplo, no que diz respeito à profissão. Não nos poupamos, para isso, a esforços, dominados pela expectativa de transformar o sonhado em realizado, pois não há nada de mais gratificante.
Por outro lado, tendemos, por vezes, a elevar demasiado a fasquia das nossas ambições, sem olhar a meios para atingir os fins, ignorando que, para tal, sacrifiquemos os nossos pais e amigos, em particular, e todos os que nos rodeiam, em geral. A propósito, evoco tantos políticos que, sequiosos do poder, desrespeitam os cidadãos e os seus direitos, perseguindo aqueles que se opõem aos seus ideais e convicções, denunciando a hipocrisia das palavras que proferem e revelando o lado obscuro dos desejos.
Em suma, afirmo, convictamente, que o sonho é o meio de construção e realização pessoal e social do Homem, alicerce do futuro e, simultaneamente, um caminho que se não for traçado com moderação e confiança pode desencadear frustração, descontentamento e abatimento, sentimentos que em nada enriquecem. Lutemos, então, incessante e cuidadosamente pelas nossas aspirações e, consequentemente, por um mundo onde é bom viver!
Inês Barbosa Costa
“(…) só me interessam os doidos, doidos por viver, por falar, desejosos de tudo, que nunca bocejam nem dizem nada banal…, mas que ardem, ardem como fogos de artifício riscando a noite.”
Por mais que tentemos algo de original, haverá sempre alguém que já o conseguiu com maior mestria (geralmente, um asiático). Por este motivo, convoquei as palavras de Kerouac, escritor a tempo parcial, sonhador a tempo inteiro.
A realidade é limitada para o indivíduo de que vos falarei. Na sua cabeça, concebe um universo onde se refugia, provando, mediante uma demonstração nada matemática, que certos infinitos são maiores que outros. Estamos perante o louco, o sonhador, o que potencia uma boa risada ao verbalizar, num tom grave e convicto, as idiotices pelas quais se rege. E é trespassado por olhares condenadores, mas permanece ileso. Reergue-se mais forte. Será ele uma praga? Com certeza. O sonho é uma epidemia que se alastra, por mais que nos administrem vacinas contra tal. E é este parasita que impele a raça humana em frente!
Em frente, não… Para cima, para os lados, para diagonais e curvas sinusoidais inimagináveis, rompendo com gráficos unidimensionais, aspirando a uma segunda, terceira, quarta, infinitas dimensões!
Num exercício meramente hipotético, se pregássemos a um quadrado a existência de um cubo, ele diria que somos doidos. Às vezes, é urgente elevarmo-nos, criando um eixo z, num mundo de pessoas quadradas.
De génio para louco, há uma fronteira intermitente.
Ousemos balouçar na corda bamba…
Sara Arezes