A magia do livro e da leitura encantou a Educação Pré-escolar e o 1.º Ciclo
A magia do livro e da leitura
encantou a Educação Pré-escolar e o 1.º Ciclo
A magia do livro e da leitura mobilizou a Educação Pré-escolar e os alunos do 1.º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, que participaram numa divertida encenação teatral dinamizada por Mari Popó.
A animação aconteceu ao longo de três dias, nas Escolas Básicas de Crasto, Entre Ambos-os-Rios e Diogo Bernardes, e teve como inspiração as duas obras previamente trabalhadas, numa articulação entre a Biblioteca Escolar e os respetivos Departamentos: “Gilberto, o cão poeta, anima a festa!”, de Gisela Silva, com ilustração de Ireneu Oliveira (EPE e 1.º ano), e “Uma andorinha na minha cabeça”, de Ireneu Oliveira (2.º, 3.º e 4.º anos).
Num registo extremamente dinâmico e interativo, a animadora explorou a riqueza da mensagem humanista das obras, ao mesmo tempo que proporcionou uma magnífica ilustração viva da beleza da linguagem cénica, nomeadamente, as potencialidades da voz – ao nível do ritmo, da entoação, da expressividade –, o poder sugestivo da mímica, do movimento, da animação, e ainda a força comunicativa dos adereços e do cenário.
Em relação aos mais novos, ficou a mensagem de união e de entreajuda, sintetizada na quadra do final do livro:
“E os meninos e as meninas sabem que mais?
A vida é uma poesia que nunca vai acabar,
Se dermos as mãos, como iguais,
Todos unidos poderemos celebrar.”
Quanto à obra “Uma andorinha na minha cabeça”, ofereceu uma magnífica encenação centrada nos valores da educação ambiental e da relação saudável do homem com a natureza, preservando esta casa comum, que é o planeta Terra.
Os encontros com a animadora Mari Popó aconteceram, mais uma vez, no âmbito da parceria que o Agrupamento mantém com as edições Opera Omnia e surgiram na sequência do trabalho articulado das educadoras e docentes titulares com a Biblioteca Escolar, que, na hora do conto, fez para cada uma das salas/ turmas a leitura expressiva da obra, com uma abordagem reflexiva sobre as temáticas subjacentes.
Biblioteca Escolar
Geógrafos apresentam a relação entre planeamento, desenvolvimento e bem-estar
Geógrafos apresentam a relação entre planeamento, desenvolvimento e bem-estar
O grupo de Geografia promoveu a palestra “Planeamento, desenvolvimento e bem-estar”, no auditório da Escola Secundária, no dia 9 de dezembro, com o intuito de mostrar, através dos ilustres convidados: Professor Doutor José Alberto Rio Fernandes - Professor Catedrático da Universidade do Porto e Professor Doutor Pedro Miguel Magalhães Nunes Chamusca – Investigador Auxiliar na Universidade do Minho, a relação existente entre ordenamento do território e qualidade de vida.
Num ambiente acolhedor, proporcionado pela assistente operacional Celeste Barros, o evento iniciou-se com o Hino do Agrupamento, na voz do Gabriel Lopes (10.ºC), seguido das boas-vindas aos convidados e arranque dos trabalhos por parte do Diretor do Agrupamento.
Feita a apresentação da vida e obra dos palestrantes por parte da Léa Amorim (10.ºC), o público teve a oportunidade de constatar, de forma clara e objetiva, a relação entre o planeamento, o desenvolvimento das regiões e o bem-estar da população. “Crescimento não é o mesmo que desenvolvimento, tal como ter muito dinheiro não significa, só por si, felicidade. Assim, as regiões podem gerar muita riqueza, mas, só há desenvolvimento se as pessoas forem felizes!”, segundo Rio Fernandes. Além disso, elevadas concentrações de população não significam desenvolvimento, acabam por gerar deseconomias de aglomeração, “a cidade mais feliz do mundo é Aarhus, na Dinamarca, uma cidade com cerca de 3000 habitantes”, informou Rio Fernandes.
Na perspetiva de Pedro Chamusca o planeamento é fundamental para que o bem-estar da população aconteça. “Tal como é necessário planear o estudo para que os bons resultados surjam, também para que exista boa qualidade de vida, desenvolvimento e bem-estar, o planeamento urge”, destacou Pedro Chamusca. Destacou ainda que “o planeamento participativo, envolvendo governos, profissionais e a própria comunidade, é essencial para garantir resultados positivos e duradouros”.
As intervenções dos participantes (alunos maioritariamente do ensino Secundário e a frequentarem a disciplina de Geografia A) permitiram o esclarecimento de conceitos, a apropriação de novos saberes… sobretudo, criar uma forma inovadora na escola de aprender Geografia.
O contributo dos alunos do curso profissional de Multimédia (12.ºD) foi fundamental no registo fotográfico e em vídeo deste acontecimento (vídeo posteriormente divulgado na página do Agrupamento).
Como é apanágio do povo barquense, a palestra terminou com a Marcha da Barca, do poeta barquense Manuel Parada, ao som da concertina.
dezembro de 2024,
O grupo de Geografia
Sarau de Poesia celebra o Natal
Sarau de Poesia celebra o Natal
Um grupo alargado de alunos do 1.º Ciclo deu voz a um Sarau de Poesia, com textos centrados na temática do Natal e nos valores humanistas da quadra que estamos a viver.
Promovido pela Biblioteca Escolar, em articulação com o Departamento do 1.º Ciclo, o Sarau decorreu no auditório da Escola Básica Diogo Bernardes e registou ainda a participação de alguns colegas, professores e de perto de duas dezenas encarregados de educação.
Em sintonia, todos disseram/ sentiram a riqueza e a beleza da Palavra feita Poesia, celebrando o espírito do Natal e trabalhando para a construção de uma “Escola a Ler”...
Biblioteca Escola
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 11
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 11
Camões: Embarca Engenho e Arte – “Perdigão perdeu a pena”
Perdigão perdeu a pena,
Não há mal que lhe não venha.
Perdigão, que o pensamento
Subiu a um alto lugar,
Perde a pena do voar,
Ganha a pena do tormento.
Não tem no ar nem no vento
Asas com que se sustenha:
Não há mal que lhe não venha.
Quis voar a uma alta torre,
Mas achou-se desasado;
E, vendo-se depenado,
De puro penado morre.
Se a queixumes se socorre,
Lança no fogo mais lenha:
Não há mal que lhe não venha.
Luís de Camões, “Lírica”, fixação de texto de Hernâni Cidade, Lisboa, Círculo de Leitores, 1980, p. 114.
Este é um vilancete que trata o tema do amor não correspondido ou impossível, ao mesmo tempo que estabelece um contraste entre o sonho e a realidade…
Num tom espirituoso, o poema explora, num jogo de palavras, a riqueza polissémica do vocábulo "pena", considerando as suas virtualidades semânticas: por um lado, a “pena do voar”, isto é, o sonho, e, por outro, a “pena do tormento”, ou seja, a realidade, para já não falar na “pena”, símbolo da escrita.
Numa primeira abordagem, descreve-se a tentativa fracassada de uma ave, um perdigão, em voar até um “alto lugar”, como “uma alta torre”. Ao falhar, cai e fica sem penas, isto é, “desasado”, “(…) E, vendo-se depenado, / De puro penado morre”, sofrendo as consequências da sua ambição desmedida, ao tentar ultrapassar os seus limites.
Acontece que, em muitas culturas, “perdigão” – ou perdiz – é símbolo do apelo do amor, da mulher. E, na tradição cristã, representa a tentação, a perdição.
Numa leitura alegórica, o poema sugere, por isso, um amor não correspondido e critica, jocosamente, a ambição desmedida.
A perda das penas da ave representa a perda do sonho de voar – de subir em pensamento “a um alto lugar” – e a consequência da sua ambição:
“Perde a pena do voar,
Ganha a pena do tormento.”
O eu poético verifica, assim, que a realidade prevalece, que o sonho alimentado é impossível, que o amor desejado é inatingível e que a dor que a queda e o reconhecimento trazem consigo ganha…, ganha a pena do tormento.
O ato de escrever representado pela pena, utensílio de escrita, alia-se a essa outra pena, a do sofrimento de um amor impossível.
Esta é uma situação que nos traz ao pensamento os amores proibidos, impossíveis, de Camões, que lhe causaram tantos dissabores na vida…
Deixamos o convite para escutar o vilancete cantado por Amália Rodrigues, com música de Alain Oulman. Faz parte do álbum “Cantigas numa Língua antiga” (1977).
A Organização
Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
Contratação de Escola 2024/2025 - Grupo de Recrutamento - 320 - Lista de Ordenação Final (06-12-2024)
Contratação de Escola 2024/2025
Lista Final de Ordenação de Candidatos (Horário n.º 19 – Grupo 320 – 22 horas)
Contratação de Escola com vista ao suprimento de necessidades.
Laboratórios de Educação Digital (LED)
Laboratórios de Educação Digital (LED)
Os Laboratórios de Educação Digital (LED) visam ser espaços de suporte à aprendizagem, que possibilitem a integração das tecnologias digitais e que proporcionem a professores e a alunos o contacto e a utilização de recursos e equipamentos tecnológicos especializados, em estreita articulação com o desenvolvimento de atividades curriculares e/ou extracurriculares.
O nosso agrupamento foi contemplado com um Laboratório de Educação Digital do Tipo 3 (LED 3), o qual deverá contribuir para apoiar na integração das tecnologias digitais, no processo de ensino e de aprendizagem.
Este tipo de LED é constituído pelas seguintes três áreas:
- Área Comum
- Área das STEM
- Área das Artes e Multimédia
Com estes recursos os alunos podem realizar atividades práticas, pesquisar e organizar informação, modelar, manipular variáveis, realizar experiências, analisar resultados, automatizar processos, criar artefactos e soluções, entre outros, potenciando a sua experiência de aprendizagem e o desenvolvimento das suas competências.
Para apoiar estas dinâmicas pedagógicas, são disponibilizados Cenários de Aprendizagem, entre outros materiais, aplicáveis a vários contextos disciplinares e interdisciplinares, que serão fornecidos às escolas para que os professores possam, a partir destes exemplos, criar/adaptar os seus próprios cenários e implementá-los com os seus alunos.
Os LED, e seus equipamentos integrantes, destinam-se exclusivamente a serem utilizados para fins do processo de ensino-aprendizagem, de todos os alunos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, nas várias vias cientifico-humanísticas ou profissionalizantes.
Greve Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública - 6 de dezembro de 2024
Greve Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública
6 de dezembro de 2024
Informa-se a comunidade escolar que está convocada uma greve nacional dos trabalhadores da administração pública para o próximo dia 6 de dezembro de 2024.
Assim, o Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca vem por este meio alertar todos os pais e encarregados de educação para os cenários que podem ocorrer, nomeadamente o não funcionamento de atividades letivas.
Os pais e encarregados de educação devem estar precavidos para esta situação, confirmando nas portarias das escolas se estão reunidas todas as condições para o seu bom funcionamento e procurando, se necessário, as alternativas convenientes.
Apelamos à partilha desta informação pela comunidade para que a mesma seja bem difundida.
O Diretor,
Carlos Alberto Martins de Sousa Louro
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 10
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 10
Camões: Embarca Engenho e Arte – “Esta é a ditosa pátria minha amada”
“Eis aqui, quase cume da cabeça
De Europa toda, o Reino Lusitano,
Onde a terra se acaba e o mar começa
E onde Febo repousa no Oceano.
Este quis o Céu justo que floreça
Nas armas contra o torpe Mauritano,
Deitando-o de si fora; e lá na ardente
África estar quieto o não consente.
Esta é a ditosa pátria minha amada,
À qual se o Céu me dá que eu sem perigo
Torne, com esta empresa já acabada,
Acabe-se esta luz ali comigo.
Esta foi Lusitânia, derivada
De Luso ou Lisa, que de Baco antigo
Filhos foram, parece, ou companheiros,
E nela antão os íncolas primeiros.”
Luís de Camões, “Os Lusíadas”, III, 20-21.
Depois de traições, armadilhas, tentativas de destruição e outros perigos vividos na Ilha de Moçambique, em Quíloa e em Mombaça, a armada de Vasco da Gama encontra, finalmente, um porto seguro em Melinde, onde os Portugueses são calorosamente recebidos.
O rei local acolhe-os em festa e pede a Vasco da Gama que lhe fale de Portugal e da nossa História. É isso mesmo o que ele faz, tratando primeiro “da larga terra” e, em seguida, da “sanguinosa guerra”.
Após a descrição da Europa, chega à localização geográfica de Portugal:
“Eis aqui, quase cume da cabeça
De Europa toda, o Reino Lusitano,
Onde a terra se acaba e o mar começa
E onde Febo repousa no Oceano.”
E continua com o verso emblemático, que abre a estância 21 do canto terceiro: “Esta é a ditosa pátria minha amada (…).”
O termo “pátria” tem origem etimológica no latim (“pater, -tris”) e remete não só para a ideia de “pai”, mas, sobretudo, para o conceito social e respeitoso de antepassado ou antepassados, a quem devemos um património, que importa honrar.
São eles os heróis, de uma família e de um povo… E, neste contexto, ocorre, de imediato, um outro verso famoso do canto oitavo, em que Paulo da Gama apresenta ao Catual da cidade indiana de Calecute, num tom solene, figuras grandes da história portuguesa e sintetiza a admiração e o respeito de um povo pela figura de Dom Nun’Álvares Pereira, referindo “Ditosa pátria que tal filho teve!”.
Foi ele, de facto, quem, em plena crise de 1383-1385, “quando a independência da pátria estava presa por um fio ténue”, tomou “sobre si a tarefa hercúlea de tudo assumir sobre seus ombros – a imagem remete necessariamente para Hércules que, traído por Atlas quando dele se aproximou para saber do paradeiro das Hespérides, aceitou tomar a seus ombros o globo terráqueo” (Aires A. Nascimento).
A par desta visão épica de Portugal, outras há com forte pendor negativo e de profundo desencanto.
Jorge de Sena, por exemplo, no poema "A Portugal" (1961), não hesita em recusar a pátria, que não é a mátria de Eduardo Lourenço, mas antes a madrasta:
“Esta é a ditosa pátria minha amada. Não.
Nem é ditosa, porque o não merece.
Nem minha amada, porque é só madrasta.
Nem pátria minha, porque eu não mereço
A pouca sorte de ter nascido dela.”
E a revolta do poeta termina em apoteose:
“(…) és peste e fome e guerra e dor de coração.
Eu te pertenço, mas ser's minha, não.”
Para Jorge de Sena, Portugal não é a mátria lusitana exaltada n’“Os Lusíadas”, mas, antes, a madrasta que provoca desencanto.
384 anos depois da Restauração ou Aclamação da Independência, a 1 de dezembro de 1640, Portugal continua um desafio à cidadania de todos e de cada um de nós. Até porque permanece lapidar o verso final do poema “Infante” (“Mensagem”, 1934), de Fernando Pessoa: “Senhor, falta cumprir-se Portugal!”.
A Organização
Contratação de Escola 2024/2025 - Grupo de Recrutamento - 320 (02-12-2024)
Contratação de Escola 2024/2025 - Grupo de Recrutamento - 320 (02-12-2024)
(Decreto-Lei n.º 132/2012 de 27 de junho)
Contratação de Escola com vista ao suprimento de necessidades temporárias de pessoal docente, para o ano escolar de 2024/2025.