Despacho Normativo n.º 2-A/2025
Despacho Normativo n.º 2-A/2025
O Despacho Normativo n.º 2-A/2025 aprova o Regulamento das Provas de Avaliação Externa e das Provas de Equivalência à Frequência dos Ensinos Básico e Secundário para o ano letivo 2024/2025.
Guia para Aplicação das Adaptações na Realização de Provas e Exames
Guia para Aplicação das Adaptações na Realização de Provas e Exames
Agrupamento de Escolas partilha experiências de leitura em Santarém
Agrupamento de Escolas partilha
experiências de leitura em Santarém
Um grupo de nove alunos representou o Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca no Seminário “Aprender a ler, ler para aprender”, que se realizou em Santarém, no dia 26 de fevereiro.
Promovido pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), o seminário reuniu especialistas que debateram questões como a fluência leitora, os hábitos de leitura dos alunos portugueses, e ainda o papel da escola na aprendizagem e na promoção da leitura.
Convidada para animar um momento de leitura, a delegação de Ponte da Barca apresentou o projeto “Leituras e Companhia”, um programa semanal produzido pela Biblioteca Escolar (BE) para a “Barca FM” (99.6), e promoveu uma breve sessão de leitura.
Valentim Cerqueira, do 8.º ano, partilhou a sua experiência como utilizador da BE, realçando as dinâmicas e as metodologias implementadas na produção do programa, uma iniciativa que arrancou em novembro de 2012 e que, de uma forma ininterrupta, mesmo em período de férias, vai para o ar aos sábados, entre as 12 e as 13 horas.
Seguiu-se um momento de leitura, com sete alunos do 1.º ciclo da EB Diogo Bernardes (Gabriela Gomes, Matilde Cerqueira, Milene Fernandes e Salvador Ferreira, do 2.º ano; Gonçalo Oliveira, do 3.º ano; e Dinis Ferreira e Pedro Ribeiro, ambos do 4.º ano) a lerem poemas de Camões e de Manuel Parada. Por sua vez, Matilde Pimenta, do 8.º ano, interpretou o “Cântico Negro”, de José Régio.
A excelência do desempenho do grupo de alunos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca e a qualidade do trabalho desenvolvido mereceram múltiplas felicitações, com a plateia a levantar-se para um aplauso geral aos intervenientes na sessão.
Estes dois vídeos documentam as intervenções de Valentim Cerqueira e de Matilde Pimenta…
Biblioteca Escolar
Mega Sprinter Distrital
Mega Sprinter Distrital
No passado dia 21 de fevereiro, realizou-se no Estádio Municipal Manuela Machado, em Viana do Castelo, o Mega Sprinter Distrital, um evento que contou com a participação de jovens atletas de diversas escolas do Distrito. Das 10h às 13h, o estádio foi palco de um espetáculo de talento e dedicação, uma vez que a chuva não ajudou muito, com a presença de 26 alunos do Agrupamento.
Os alunos participaram em várias categorias, onde demonstraram não só as suas habilidades atléticas, mas também um admirável espírito de equipa. O evento proporcionou uma manhã repleta de atividade e emoção, destacando-se pela competitividade saudável entre os participantes.
Além das competições, o Mega Sprinter Distrital desempenha um papel fundamental na promoção do desporto escolar e na motivação dos jovens para a prática de atividades físicas, fomentando hábitos de vida saudáveis desde cedo.
Muitos parabéns a todos os alunos participantes. Destacaram-se os alunos com ida ao pódio, nas seguintes modalidades: Velocidade Inf A Fem. no 3º lugar Matilde Sousa AVEPBARCA - 07.36s; Salto em Comprimento Inf A Mas. 2º lugar Francisco Sutula AVEPBARCA - 03.74m; Lançamento do Vortex Inf A Masc. no 3º lugar Vicente Dias AVEPBARCA - 24.19m.
"Dislexia: intervenção pedagógica diferenciada na Escola”
"Dislexia: intervenção pedagógica diferenciada na Escola”
Com o objetivo de sensibilizar a escola para a resposta educativa adequada no domínio do estudo da dislexia, e para corresponder aos anseios demonstrados pela comunidade educativa, o Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, em colaboração com o CENFIPE e com a AssociaçãoPortuguesadeDislexia (Dislex), levou a cabo uma ação de Formação de Curta Duração, no turno da tarde do passado dia 26 de fevereiro. Nela marcaram presença mais de meia centena de agentes da comunidade, de entre os quais: alunos, encarregados de educação, educadores e professores.
A palestrante conta com um currículo, e uma presença ativa na área da dislexia, da qual se lhe deve tirar o chapéu! Pode usar o link para consultar a biografia da Doutora Helena Serra:https://refiil.esepf.pt/?page_id=466
A palestra decorreu num ambiente de excelente exposição, o público alvo foi atento, participativo e criaram-se momentos tanto de partilha de conhecimentos, como de inquietudes e de emoções. Desenvolveram-se temas tais como:
- Conceito de dislexia, de disortografia e de discalculia;
- A importância da avaliação compreensiva do aluno;
- Intervenção específica por docentes com formação;
- Cuidados a observar em sala de aula;
- O papel da família no acompanhamento do aluno;
- A dislexia em primeira pessoa (relato de alunos);
- Espaço de debate e de questões.
Ficou registada, com agrado, a boa receção da iniciativa, principalmente por parte do corpo docente, e foi com satisfação que se ouviram verbalizações de reconhecimento por parte dos participantes. Ainda bem que foi uma tarde profícua e que daquele tempo empregue se trouxeram outras ferramentas que vão contribuir para uma melhoria do ensino no nosso agrupamento.
Fica o desafio para que se desenvolvam outras iniciativas, na área da dislexia, que se venham a verificar necessárias e úteis à comunidade educativa!
O professor dinamizador,
Eugénio Martins
À descoberta da vida e da obra de Camões
À descoberta da vida e da obra de Camões
“À descoberta de Luís Vaz de Camões” foi o tema de uma sessão dinamizada pela Biblioteca Escolar com cada uma das turmas do 2.º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca.
O trabalho, desenvolvido em articulação com Apoio ao Estudo, aconteceu no âmbito das comemorações do V centenário do nascimento de Camões e, como é óbvio, procurou dar a conhecer os aspetos mais relevantes da vida e da obra do nosso épico, proporcionando um contributo para uma melhor compreensão do “Desfile de Carnaval” que, este ano, se inspira na figura e na criação artística do Poeta.
Num registo informal e muito próximo, os alunos entraram numa longa viagem, que começou a 23 de janeiro de 1524, data provável do nascimento do autor d’”Os Lusíadas”, e os conduziu até à atualidade, com início em Lisboa e passagem por Coimbra, Ceuta, pelo vasto Oriente (Goa, na Índia; Ormuz, no Golfo Pérsico – Irão; Ilha de Ternate, nas Molucas, hoje Indonésia; Macau, na China; delta do rio Mecom, no Vietname; Malaca, na Malásia) e pela Ilha de Moçambique, até chegarem, novamente, a Lisboa e à riqueza da sua obra intemporal.
Os mais novos ficaram ainda a saber que Luís de Camões é considerado uma das maiores figuras da Literatura, afirmando-se como símbolo de Portugal, de tal modo que, no dia da sua morte, que ocorreu a 10 de junho de 1580, se celebra o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Pode aceder aqui ao recurso utilizado nas sessões.
Biblioteca Escolar
3º encontro de ginástica acrobática
3º encontro de ginástica acrobática
Realizou-se, no dia 21 de fevereiro, o 3º encontro de ginástica acrobática, em Famalicão. Neste encontro estiveram presentes 5 escolas, do distrito de Braga e a nossa escola teve a participação de 29 alunas, das quais 3 juízes de prova.
Com demonstrações do nível elementar e avançado, em trios e pares, obtivemos um segundo e um terceiro lugar.
Parabéns a todas as participantes!
Greve Nacional dos trabalhadores da função pública | 26, 27 e 28 de fevereiro de 2025
Greve Nacional dos trabalhadores da função pública | 26, 27 e 28 de fevereiro de 2025
Informa-se a comunidade educativa que está convocada uma greve nacional da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro de 2025, cada um deles dirigido a uma das carreiras:
- 26 de fevereiro – Técnicos Superiores
- 27 de fevereiro – Assistentes Técnicos
- 28 de fevereiro – Assistentes Operacionais
Assim, o Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca vem por este meio alertar todos os pais e encarregados de educação para os cenários que podem ocorrer, nomeadamente o não funcionamento de atividades letivas.
Os pais e encarregados de educação devem estar precavidos para esta situação, confirmando nas portarias das escolas se estão reunidas todas as condições para o seu bom funcionamento e procurando, se necessário, as alternativas convenientes.
Apelamos à partilha desta informação pela comunidade para que a mesma seja bem difundida.
O Diretor,
Carlos Alberto Martins de Sousa Louro
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 20
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 20
Episódio do Velho do Restelo
Mas um velho, d'aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
Cum saber só d'experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:
“Ó glória de mandar, ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
Cũa aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
[…] Não tens junto contigo o Ismaelita,
Com quem sempre terás guerras sobejas? Não segue ele do Arábio a Lei maldita,
Se tu pola de Cristo só pelejas?
Não tem cidades mil, terra infinita,
Se terras e riqueza mais desejas?
Não é ele por armas esforçado,
Se queres por vitórias ser louvado?
Deixas criar às portas o inimigo,
Por ires buscar outro de tão longe,
Por quem se despovoe o Reino antigo,
Se enfraqueça e se vá deitando a longe;
Buscas o incerto e incógnito perigo
Por que a Fama te exalte e te lisonje
Chamando-te senhor, com larga cópia,
Da Índia, Pérsia, Arábia e de Etiópia!”.
Luís de Camões, “Os Lusíadas”, IV, 94-95; 100-101.
O “Velho do Restelo” constitui um episódio eloquente d’”Os Lusíadas”, com uma fortíssima mensagem política e filosófica.
Na Praia das Lágrimas, em Belém, no momento em que a armada de Vasco da Gama se preparava para zarpar, Camões coloca na boca de um “velho, d' aspeito venerando,” uma crítica muito forte em relação a tudo o que se está a passar: censura a “glória de mandar” e a “vã cobiça”, responsáveis por “mortes”, “perigos”, “tormentas”, “crueldades”, “desemparos”, “adultérios”, consumição “de fazendas, de reinos e de impérios”.
Pela boca do velho, o narrador aproveita, assim, para questionar a estratégia da expansão marítima até ao Oriente, manifestando, em alternativa, a predileção de determinados setores da sociedade portuguesa pela política africana: “Não tens junto contigo o Ismaelita / Com quem sempre terás guerras sobejas?”.
Esta é também a posição de Camões, apresentada na dedicatória ao rei D. Sebastião e nas estâncias finais d’”Os Lusíadas”, da nobreza e de uma parte da intelectualidade, na esteira de “Gil Vicente, Sá de Miranda, João de Barros, Damião de Góis ou António Ferreira.”
Ficcionalmente, este episódio acontece a 8 de julho de 1497. Na verdade, foi escrito mais de meio século depois, de tal maneira que, quando “Os Lusíadas” são publicados, em 1572, esta é uma aposta geoestratégica com muito peso.
À época, as dificuldades na Ásia portuguesa eram gritantes e a instabilidade dominava no Norte de África, situação que nos obrigava a estar muito vigilantes, não só quanto às praças que ainda nos restavam em Marrocos, mas até em relação ao próprio Algarve.
Neste contexto – escreve Isabel Rio Novo –, “o fanatismo do jovem rei e a sua obsessão pelo espírito de cruzada, cuidadosamente alimentada por uma certa franja da nobreza, foram, talvez, uma necessidade do tempo, com a qual Camões estaria essencialmente de acordo. Até porque, de certo modo, o projeto da conquista africana constituía uma possível solução para o beco sem saída em que a Índia se estava a tornar. Era o caminho que o Velho do Restelo apontava, contrapondo à conquista de um império comercial longínquo, consumirdor de ‘fazendas’ e de ‘reinos’, a possibilidade de ‘guerras sobejas’ contra um inimigo que estava ali ‘às portas’ e que era urgente combater.”
A expedição acabou mesmo por se realizar. Diogo Bernardes foi escolhido para acompanhar e cantar a vitória dada como certa. Camões também o desejou, mas não o conseguiu. Só que o sonho glorioso redundou na tragédia de 4 de agosto de 1578, em Alcácer Quibir…
“Assim que recebeu a notícia da derrota e da morte do rei, [Camões] rasgou as estâncias que tinha encetado quando a armada de D. Sebastião largara do Tejo. Quanto ao poema de Diogo Bernardes, não chegou a ser começado, porque o autor foi um dos prisioneiros”…
Tempos sombrios da História de Portugal. E também de Luís de Camões e do barquense Diogo Bernardes.
Fonte: Isabel Rio Novo, “Fortuna, Caso, Tempo e Sorte – Biografia
de Luís Vaz de Camões”, Lisboa, Contraponto, 2024, pp. 446, 467 e 544.
A Organização