3º ano de Crasto na Vila Imbatível
3º ano de Crasto na Vila Imbatível
“Um mundo sustentável começa com pequenas ações individuais.”
– Autor Desconhecido
No dia 13 de março, a turma do 3º ano de Crasto, deslocou-se a Oeiras, à Vila Imbatível. Esta atividade decorreu no âmbito do projeto promovido pelo Lidl, Turma Imbatível, em que a turma está inscrita.
Os alunos tiveram a oportunidade de aprender de forma prática e interativa sobre o percurso dos alimentos, desde a sementeira até ao prato, com atividades que incluem plantar, regar, colher, transportar, embalar e muito mais.
Após a atividade, a entidade promotora proporcionou-lhes um lanche, o que muito lhes agradou.
Esta experiência permitiu aos alunos explorar o ciclo “Da Planta ao Prato”, participando em atividades práticas de sustentabilidade, alimentação saudável e preservação ambiental. Permitiu que os alunos tivessem uma visão diferente de todo o processo pelo qual os produtos passam até chegarem aos pontos de venda.
A turma agradece à entidade promotora pela experiência inesquecível!
A professora Titular de Turma
Webinar “Conclusão do Ensino Secundário”
Webinar “Conclusão do Ensino Secundário”
O documento “Conclusão do Ensino Secundário”,pode ser obtido aqui.
À conversa com Marisa Cambão: “As viagens da Nina” e a importância de uma alimentação saudável
À conversa com Marisa Cambão:
“As viagens da Nina” e a importância de uma alimentação saudável
A importância de uma alimentação saudável, apostando, entre outros aspetos, na redução do consumo do sal, esteve no centro de uma animada conversa que Marisa Cambão manteve com as crianças da Educação Pré-escolar e do 1.º Ciclo das Escolas Básicas de Crasto e de Entre Ambos-os-Rios e ainda com os alunos dos 3.º e 4.º anos da EB Diogo Bernardes.
Partindo da sua obra “As viagens da Nina”, com ilustração de Sara Costa, a autora – que também é enfermeira, doutorada em Biotecnologia da Saúde com especialidade em Epidemiologia e Saúde Pública – orientou os mais novos numa interessante aventura pelos reinos de Natrium e de Kalium, na companhia da Nina e do Mestre Sabichão, ajudando-os a aprender a crescer com um coração forte e saudável.
O encontro, que resultou das diligências efetuadas pela Professora Julieta Mendes junto da autora, integra-se nas atividades organizadas pela Biblioteca Escolar para a Semana da Leitura, uma iniciativa que, até à próxima sexta-feira, está a proporcionar experiências significativas neste domínio, tais como sessões com autores, animação musical, cinema, partilhas de leitura e dramatizações.
Biblioteca Escolar
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 22
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 22
“Camões: Embarca Engenho e Arte”: Sôbolos rios que vão | Redondilhas de Babel e Sião
Sôbolos rios que vão
Por Babilónia, me achei,
Onde sentado chorei
As lembranças de Sião,
E quanto nela passei.
[…] Ali, depois de acordado,
Co'o rosto banhado em água,
Deste sonho imaginado,
Vi que todo o bem passado
Não é gosto, mas é mágoa.
E vi que todos os danos
Se causavam das mudanças
E as mudanças dos anos;
Onde vi quantos enganos
Faz o tempo às esperanças.
Ali vi o maior bem
Quão pouco espaço que dura;
O mal quão depressa vem,
E quão triste estado tem
Quem se fia da ventura.
[…] Quem do vil contentamento
Cá deste mundo visível,
Quanto ao homem for possível,
Passar logo o entendimento
Para o mundo inteligível.
Ali verá tão profundo
Mistério na suma Alteza,
Que, vencida a Natureza,
Os mores faustos do Mundo
Julgue por maior baixeza.
Ó tu, divino aposento,
Minha pátria singular,
Se só com te imaginar,
Tanto sobe o entendimento,
Que fara se em ti se achar?
Ditoso quem se partir
Para ti, terra excelente,
Tão justo e tão penitente,
Que, depois de a ti subir,
Lá descanse eternamente!
Luís de Camões
Vítor Aguiar e Silva considera este longo poema o “canto penitencial de um homem que sabe que só a fé em Cristo e só a graça de Deus o podem salvar”.
E Vasco Graça Moura afirma que em “Sôbolos rios que vão” Camões “terá intentado conciliar, metafísica e escatologicamente, uma ortodoxia católica e uma das mais estritas conceções pitagóricas de que haverá vestígios na criação literária do século XVI”.
Inspirado no Salmo 136 – “Junto aos rios de Babilónia” –, que chora a deportação dos Judeus para a Babilónia ao mesmo tempo que recorda a Terra Prometida, o poema celebra a Jerusalém celeste e é de uma enorme riqueza, em termos de intertextualidades e de paralelismos, nomeadamente com outras passagens bíblicas, mas, sobretudo, com a obra “Imagem da Vida Cristã”, de frei Heitor Pinto.
São vários os biógrafos e comentadores da obra de Camões que sugerem que o Poeta compôs estas célebres redondilhas na sequência do seu naufrágio, no delta do rio Mecom, quando regressava de Macau para Goa.
Isabel Rio Novo, autora de uma biografia do nosso épico recentemente editada, não partilha, no entanto, esta ideia. Na sua perspetiva, “é improvável que um náufrago descorçoado, com sede, fome, aflito, dispusesse de condições materiais e psicológicas para se entregar à escrita de poemas. Mas é possível – acrescenta a investigadora – que essa espécie de canto penitencial, “tal como os sonetos em tom de elegia dedicados à moça chinesa, tenham começado a ser inconscientemente forjados nessa altura em que mais um transe da fortuna o atingia, roubando-lhe, de uma vez, a riqueza e a mulher que talvez amasse”.
Do que parece não haver dúvidas é de que esta “verdadeira autobiografia espiritual é uma “obra tardia, posterior à publicação de ‘Os Lusíadas’, pois o canto profano (‘a flauta’) é preterido em favor do canto divino (‘a lira dourada’), que ressuma a efemeridade da vida, a iminência da morte, o desejo profundo de conversão. Provavelmente – conclui Isabel Rio Novo –, Camões entrelaçou dois tempos num só: o passado e o presente, o naufrágio real no Extremo Oriente e o naufrágio metafórico da sua alma angustiada”.
Na parte final deste poema de rara beleza, Sião deixa de ser o passado, a mulher amada, e transforma-se na Jerusalém celeste, na Bem-aventurança. O amor mundano projeta o reflexo do amor divino:
“Ditoso quem se partir
Para ti, terra excelente,
Tão justo e tão penitente,
Que, depois de a ti subir,
Lá descanse eternamente!”
Cinco séculos volvidos, na Quaresma de 2025, Camões continua a espalhar Engenho e Arte!
Fonte: Isabel Rio Novo, “Fortuna, Caso, Tempo e Sorte – Biografia de Luís Vaz de Camões”, Lisboa, Contraponto, 2024, pp. 672; 389-390; 547.
A Organização
Parabéns, Camilo!
Parabéns, Camilo!
No âmbito da celebração da passagem do II centenário do nascimento de Camilo Castelo Branco, que ocorreu, ontem, dia 16 de março, a Biblioteca da Escola Secundária tem patente aos seus utilizadores uma exposição com alguns dos títulos mais conhecidos do escritor.
Trata-se de uma mostra muito simples, que procura ser um convite à fruição estética deste mestre da língua portuguesa, desafiando os alunos a folhear as obras e a experimentar a leitura.
A iniciativa pretende ainda chamar a atenção para a sua abundante produção, não fora Camilo o primeiro “profissional” das letras lusas, que se viu na necessidade de escrever para sustentar o dia a dia, e também sublinhar o forte impacto do romancista/ novelista na nossa Literatura.
Viva Camilo!
Biblioteca Escolar
Palestra sobre Multimédia
Palestra sobre Multimédia
Os alunos do 10°ano do Curso Profissional de Técnico de Comunicação/marketing, relações públicas e publicidade e do 12°ano do Curso Profissional de Técnico de Multimédia assistiram a uma Palestra, no dia 12 de março, sobre Multimédia, realização de filmes e gravação de documentários. Orientada pelo convidado vianense Flávio Cruz, licenciado em Tecnologia de Comunicação Audiovisual e realizador de cinema.
Esta atividade foi realizada para desenvolver ou fomentar novas ideias e soluções de forma imaginativa e inovadora, como resultado da interação com outros, ou da reflexão pessoal aplicando-as a diferentes contextos e áreas de aprendizagem
DCA - Julieta Mendes
Desfile de Carnaval
Desfile de Carnaval
O Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, mais uma vez, festejou o Carnaval com a participação da Escola Diogo Bernardes e dos centros escolares de Crasto e de Entre Ambos os Rios, numa organização do Departamento de Expressões, do Departamento da Educação Pré-Escolar, do Departamento do 1.º Ciclo e da Biblioteca escolar.
Comemoramos os 500 anos do nascimento de Luís de Camões, por esse motivo escolhemos para tema do desfile carnavalesco: "Luís de Camões: uma vida pelos quatro cantos repartida”, procurando retratar a vida e a época vivenciada pelo próprio poeta, que nos presenteou com a obra “Os Lusíadas”, criando orgulho em cada português.
Desta forma, ao longo do desfile pela vila de Ponte da Barca, foram relembrados momentos, vivências, usos e costumes da época, tais como: as viagens, os piratas, os navegadores, as ninfas, o Adamastor, os prisioneiros, Luís de Camões, os jograis, os músicos, os bobos, entre outros.
A folia reinou pelas ruas trazendo animação a esta Comunidade, que nos recebeu calorosamente. Ao longo de todo o desfile, os alunos do 12.º ano do Curso Profissional Técnico de Multimédia, fizeram a cobertura fotográfica.
Departamento de Expressões
Julieta Mendes e José Félix
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 21
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 21
Publicação de “Os Lusíadas”
As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
E em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando:
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Cessem do sábio grego e do troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Luís de Camões, “Os Lusíadas”, I, 1-3
Terá sido no dia 12 de março do ano de 1572, quarta-feira, que da oficina de António Gonçalves saíram, “em edição modesta, os primeiros exemplares impressos do livro chamado ‘Os Lusíadas’, de Luís de Camões.”
“A obra harmonizava elementos da epopeia clássica com a evocação da expedição de Vasco da Gama à Índia e as próprias memórias de viagem do autor, cheias de trabalhos e perigos; combinava frescos históricos e factos científicos com recursos poéticos e mitologia; juntava o panfleto político aos apelos cruzadísticos; aliava ao saber enciclopédico a excelência de estilo. E todos os heroísmos do passado eram trazidos ao presente para se projetarem no futuro”.
A edição de 1572 publicou uns 150 exemplares de que sobram ainda uma meia centena, o que ilustra bem o cuidado que, ao longo dos séculos, o livro inspirou.
Camões chamou-lhe “Os Lusíadas”, título erudito que foi buscar a duas obras do humanista André de Resende escritas em latim, “mas até o próprio André de Resende, ao que parece, tinha colhido a palavra ‘lusíadas’ em obras anteriores”.
Com esta publicação, concretizava-se, finalmente, o anseio coletivo que se arrastava há várias décadas, no sentido da composição de um poema épico, conferindo aos feitos nacionais recentes um estatuto universal e intemporal.
António Ferreira “fora dos últimos a reclamar a necessidade de pôr em verso os feitos gloriosos. Incitara Pero Andrade Caminha, Diogo Bernardes, Diogo de Teive, D. António de Vasconcelos… Não consta que tivesse incitado Luís de Camões”, mas a verdade é que foi este quem concretizou tal obra.
Para a sua publicação foi necessário obter as licenças exigidas, como o alvará régio e o parecer favorável da Inquisição, e também arranjar um mecenas que custeasse os cerca de 40 mil réis da impressão.
D. Manuel de Portugal, da família do Conde do Vimioso, patrocinou a edição, mas desejou permanecer na sombra, de tal modo que a epopeia foi dada à estampa sem uma ode dedicada ao protetor. Tudo isto porque ele “não podia comprometer-se excessivamente, nem à sua família, com um poema que, apesar de todos os méritos e excelências, questionava a nobreza, os membros do clero, o sistema jurídico, o próprio monarca…”.
Quanto ao filtro da Inquisição, frei Bartolomeu Ferreira foi o dominicano que examinou os dez cantos d’”Os Lusíadas”. E deu um parecer favorável:
“[…] Não achei neles cousa alguma escandalosa, nem contrária à fé e bons costumes, somente me pareceu que era necessário advertir os leitores que o autor, pera encarecer a dificuldade da navegação e entrada dos portugueses na Índia, usa de uma ficção dos deuses e dos gentios. […] Todavia, como isto é poesia e fingimento, e o autor, como poeta, não pretenda mais do que ornar o estilo poético, não tivemos por inconveniente ir esta fábula dos deuses na obra, conhecendo-a por tal. E ficando sempre salva a verdade de nossa santa fé, que todos os deuses dos gentios são demónios”.
Assim sendo, conclui, o livro é “digno de se imprimir” e o seu “autor mostra nele muito engenho e muita erudição nas ciências humanas”.
A epopeia terá, então, sido publicada a 12 de março de 1572, completam-se amanhã 453 anos.
Com Isabel Rio Novo, podemos imaginar esse dia e a emoção do autor. “Em 1572, Camões tinha 47 ou 48 anos. Não era um velho, apesar de a idade ter outro peso naqueles tempos. Mas era um homem envelhecido, doente, amargurado, a quem o futuro já fugia. No entanto, nessa manhã de março (cheia de sol, claro que sim) talvez tenha encarado a vida que lhe restava com algum otimismo”.
Nos 453 anos da publicação d’”Os Lusíadas”, celebremos Camões. Cantemos o Poeta, que continua a espalhar Engenho e Arte!
A Organização
Fonte: Isabel Rio Novo, “Fortuna, Caso, Tempo e Sorte – Biografia de Luís Vaz de Camões”, Lisboa, Contraponto, 2024, pp. 483, 459, 458, 467-468, 474, 478 e 481.
Retrato de Camões (legenda e fonte):
Retrato de Camões por Fernão Gomes, em cópia de Luís de Resende. O original perdeu-se, mas foi pintado ainda em vida do Poeta (cerca de 1577). É considerado o mais autêntico retrato do nosso épico.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cam%C3%B5es,_por_Fern%C3%A3o_Gomes.jpg
Abertura de Procedimento Concursal para o Cargo de Diretor do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca | 06.3.2025
Abertura de Procedimento Concursal para o Cargo de
Diretor do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca | 06.3.2025
Torna-se público que se encontra aberto um concurso para provimento do lugar de Diretor do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca através da publicação do Aviso n.º 6068/2025/2, de 05 de março. O concurso, aberto nos termos dos artigos 21.º e 22.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, na sua redação atual, decorre no prazo de dez dias úteis, a contar do dia seguinte ao da publicação do referido aviso no Diário da República.Toda a informação e documentação sobre o concurso será disponibilizada na área dos editais do portal do agrupamento, assim como nos Serviços Administrativos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca.
Documentos:
- Aviso n.º 6068/2025/2, de 05 de março | Aviso de abertura do concurso
- Regulamento do concurso
- Requerimento para admissão ao concurso
- Parâmetros e critérios para a apreciação das candidaturas
- Declaração de consentimento do tratamento de dados pessoais