“Amor de Perdição” foi um golpe de manipulação a favor da causa de Camilo
“Amor de Perdição” foi um golpe de manipulação
a favor da causa de Camilo
A vida de Camilo Castelo Branco e a relação íntima desta com o processo de criação da obra "Amor de Perdição" foi o tema de uma longa conversa que o editor José Manuel Costa teve com alunos e professores da Escola Secundária de Ponte da Barca.
A sessão realizou-se em linha, através da plataforma “classroom”, tendo sido aberta pelo Diretor do Agrupamento, Prof. Carlos Louro, que aplaudiu mais este momento de enriquecimento curricular, resultante da parceria estabelecida com as edições Opera Omnia.
Recorrendo a um acervo considerável de imagens, o responsável pela editora conduziu os participantes numa interessante viagem, desde o nascimento de Camilo, em Lisboa (1825), até à sua morte, em S. Miguel de Seide (1890).
A infância, marcada pela perda dos pais, e a adolescência e juventude, por terras de Trás-os-Montes, mereceram particular atenção, assim como a sua formação sob a orientação de clérigos, lendo os clássicos portugueses e latinos e literatura eclesiástica.
O seu carácter insatisfeito, instável, irrequieto, levou-o a uma vida profundamente tumultuosa, sobretudo em termos sociais e amorosos. Casou-se com apenas 16 anos e, até conhecer Ana Plácido, foi protagonista de vários enlaces pouco duradouros, incluindo uma relação com a freira Isabel Cândida, que acabaria por lhe criar uma filha nascida de uma outra mulher.
Depois de ter andado por diversas localidades de Trás-os-Montes e do Minho, fixou-se no Porto, onde iniciou o curso de medicina, que não concluiu, e se apaixonou por Ana Plácido.
Quando esta se casou, em 1850, com o rico negociante Manuel Pinheiro Alves, Camilo teve uma crise de misticismo, chegando a frequentar o seminário. Mas foi sol de pouca dura, pois logo tratou de seduzir Ana Plácido, raptando-a e andando com ela a monte, num período rocambolesco de verdadeira novela, que terminou com os dois amantes na Cadeia da Relação, no Porto.
Uma vida infeliz
Foi na Cadeia da Relação que Camilo conheceu e fez amizade com o famoso salteador Zé do Telhado e, com base nesta experiência, escreveu “Memórias do Cárcere”. E foi também aqui que foi visitado pelo rei, D. Pedro V, e escreveu “Amor de Perdição”, uma obra que, segundo José Manuel Costa, é um magnífico golpe de “marketing” para conquistar a simpatia do público, antes do seu julgamento.
Naquela época, o caso emocionou, de facto, a opinião pública, pelo seu conteúdo tipicamente romântico de amor contrariado, à revelia das convenções e imposições sociais, envolvendo uma figura aclamada como escritor a nível nacional.
Aliás, neste contexto, José Manuel Costa realçou o facto de o autor ter dedicado o livro a Fontes Pereira de Melo, à época o homem mais poderoso do país, num claro exercício de manipulação e de condicionamento.
Os seus objetivos foram conseguidos, pois acabaram absolvidos do crime de adultério, por não haver provas, passando a viver juntos, corria o ano de 1863.
A última parte da vida de Camilo foi passada em S. Miguel de Seide (Famalicão), numa casa que o filho de Manuel P. Alves, ex-marido de Ana Plácido, recebera por herança do comerciante, entretanto falecido.
Foram uns 26 anos vividos sob o signo da infelicidade, sem a estabilidade emocional por que ansiava, com dificuldades financeiras e desgostos atrás de desgostos provocados pelos filhos e pela doença que, a pouco e pouco, lhe ia minando a vida.
Até que a 1 de junho de 1890, face a um diagnóstico médico que lhe destruiu a última esperança, decidiu dar um tiro na cabeça. Mas até neste momento supremo de desespero foi extraordinariamente infeliz e tragicamente sofredor: esteve cerca de duas horas em agonia de morte.
Recorde-se que esta sessão aconteceu no âmbito da parceria que o Agrupamento mantém com as edições Opera Omnia e contou com uma organização conjunta da Biblioteca Escolar e do Grupo de Português.
No próximo dia 18 de junho, é a vez de Cândido Martins, investigador e professor universitário, dinamizar uma sessão sobre o “Memorial do Convento”, de José Saramago, outra obra que faz parte dos conteúdos programáticos de Português no Secundário.
Prof. Luís Arezes
Adenda às Informações-Prova dos Exames Finais Nacionais 2020
Adenda às Informações-Prova dos Exames Finais Nacionais 2020
Publica-se a adenda às Informações-Prova dos Exames Finais Nacionais.
Provas de Avaliação Externa | 2019/2020
Provas de Avaliação Externa | 2019/2020
INFORMAÇÃO-PROVA GERAL
1. Informações gerais
2. Informações-prova específicas
Resumo da Norma 02/JNE/2020 (atualizado a 03/06/2020)
Resumo da Norma 02/JNE/2020
(03/06/2020: atualizado o Ponto 26.22, conforme estipulado na Norma 02)
Regresso às atividades presenciais na educação pré-escolar
Regresso às atividades presenciais na educação pré-escolar
No regresso às atividades presenciais nos estabelecimentos de educação pré-escolar, é importante que a comunidade educativa esteja sensibilizada para as regras de segurança a adotar nos recintos escolares, constantes das orientações anteriormente divulgadas.
A colaboração de todos é essencial para conter a propagação do novo coronavírus.
É importante também que as crianças percebam os cuidados a ter, de forma apelativa.
É neste quadro que se insere o presente vídeo, cujo visionamento se recomenda.
https://www.dgeste.mec.pt/downloads/COVID_PreEscolar.mp4
Só a colaboração de todos pode sustentar, para bem da sociedade e das aprendizagens, o sucesso no regresso à escola!
Carlos Alberto Louro
Diretor
Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca
Norma 02/JNE/2020 (atualizado a 04/06/2020)
NORMA 02/JNE/2020
(atualização de 04/06/2020: atualização nas páginas 16, 55, 58, 62, 67, 73, 75, 76, modelos 3-A e 3-B)
Instruções para Realização, Classificação, Reapreciação, Reclamação:
Provas e Exames do Ensino Básico e Ensino Secundário.
Reabertura da Educação Pré-Escolar
Reabertura da Educação Pré-Escolar
Anexo do Plano de Contingência
E do longe se fez perto… à distância de um duplo clique
E do longe se fez perto… à distância de um duplo clique
« La terre vue de ma fenêtre »
Trabalho coletivo dos alunos do 9.º ano de francês
Longe, distância, isolamento… são palavras que se nos impuseram e às quais tivemos que nos habituar, fruto da terrível pandemia que se abateu, de um modo generalizado, sobre todo o nosso mundo. Foi neste contexto, de distanciamento físico e emocional, que iniciámos o terceiro período nas nossas escolas. Éramos todos desafiados a ensinar e a aprender à distância, com ferramentas novas que poucos sabiam manobrar.
O grupo disciplinar de francês abraçou o desafio, sem receios, habituado que estava já a superar obstáculos, graças ao trabalho empenhado e colaborativo. Era crucial propor aos alunos tarefas inovadoras, mas igualmente potenciadoras das aprendizagens! A unidade sobre o ambiente, com a qual se iniciou a aprendizagem neste período letivo, não poderia vir mais a propósito, em tempos em que as certezas da ação destruidora do homem sobre o ambiente são inquestionáveis, bem como as suas consequências para a saúde pública.
Eis que, de dentro das muralhas do nosso isolamento forçado, surge ainda tímida a ideia de construir um trabalho de fotografia, partilhado por todos os alunos de francês do 9.º ano, por meio da ferramenta digital “Google slides”. Cada discente, dando largas à sua criatividade e olhar atento sobre o mundo envolvente, operou o primeiro clique – uma fotografia da natureza tirada a partir da janela da sua casa. Seguidamente, foi-lhes proposta a redação de uma frase apelativa que comunicaria entrelaçada com a imagem.
Ultrapassada esta etapa, faltava imprimir ao trabalho um segundo clique – fazer o “upload” da sua réstia individual de natureza, captada pela câmara do telemóvel e envolvida por poucas e singelas palavras, na apresentação de slides à qual foi atribuído o título “La Terre vue de ma fenêtre”.
E, pouco a pouco, clique a clique, o trabalho vai emergindo! Como fundo sonoro foi escolhida a música “Les enfants de la Terre,” de Jean-François Nicolai, cuja letra da belíssima canção os alunos haviam já explorado numa atividade de compreensão oral.
O resultado final deste desafio fica aqui disponível para todos aqueles que o queiram apreciar. E assim, mais uma vez se prova que quando várias vontades se juntam, várias mentes se iluminam e esforços se conjugam, o que não passava de uma ideia ganhou forma, cor, música, alegria …transmitiu emoções!
E os alunos, esses aprenderam não só o francês, língua estrangeira, como também algumas potencialidades das ferramentas “Google”, mas acima de tudo o prazer de sentir que um pedacinho de si está espelhado naquela natureza em retalhos, sob a forma de uma apresentação “Google slides”.
Um muito abrigada a todos!
O Grupo Disciplinar de Francês
Exames finais nacionais 2020 ‒ Procedimentos de realização
Exames finais nacionais 2020 ‒ Procedimentos de realização
ACREDITAR
ACREDITAR
Caros Amigos!
Quantas vezes, ao longo das nossas vidas, escutamos que “é preciso acreditar”? Imensas! E sempre com a intenção de motivar. Incentivar à superação.
De facto, acreditar é isso mesmo. É o desafio à realização de algo. Quando nos metemos ao caminho é porque acreditamos que o vamos percorrer e concluir. Ninguém sai de casa se não acreditar que vai regressar!
Acreditar é, pois, o primeiro passo para que tudo dê certo. Nas nossas vidas, acreditar é a sustentação da coragem para subir os degraus que essa escada íngreme nos destina. Diz-nos, contudo, a experiência que quem acredita nem sempre alcança. É certo! Mas também nos diz que quem alcança nunca deixa de acreditar!
É esse o nosso jogo. Mediar o acreditar e o alcançar. Com algo que dominamos e é imprescindível: o trabalho. O nosso trabalho! Que é o que nos tem continuado a unir nestes longos e estranhos dois meses.
O trabalho que nos liga é o modo de tornar mais fácil acreditar. Acreditar que os medos e angústias destes dias estranhos vão terminar. Acreditar que, mesmo distantes, as ligações que estabelecemos continuam a possibilitar que muitos sonhos se concretizem e tantas vidas se transformem!
A semana que hoje termina já foi diferente. Alguns já regressaram à escola. Mas a escola está diferente. Experimenta-se um grande desafio. E tudo é novo para todos. Alunos, famílias, professores e funcionários. As primeiras horas e os primeiros dias, apesar de o anteciparmos, continuaram a ser momentos estranhos. E todos partilhamos, diariamente e com naturalidade, a ideia de que é preciso estabilizar procedimentos e introduzir todas as correções que venham a ser necessárias. Mas essa também é a essência da vida: encontrar as respostas aos contínuos desafios! Nunca deixando de acreditar!
O fundamental está assegurado. A presença dos professores e o cumprimento do currículo. Mas também as condições para assegurar os hábitos de higiene, utilização de EPI's e de distanciamento social, desenvolvendo na sociedade uma cultura de segurança e prevenção.
É também isso que este retorno à escola representa. O início do regresso à normalidade, mas com uma nova cultura e forma de estar responsável. Para bem de todos! Esta semana e nas que se seguem, contamos com todos para aproveitar e dar relevo ao elevado potencial pedagógico deste regresso. Nesta nova fase, somos também a “escola” desta nova forma de viver. “Escola” de uma nova cultura de estar social! E, para quem tem vivido a escola estes dias, alunos, professores, funcionários e restantes pessoas envolvidas têm respondido muito bem a este desafio!
Esse também é o enorme contributo para que a escola das nossas vidas frutifique e se fortaleça, permitindo que também o tempo da esperança brilhe e apague o tempo do medo. Rebobinem estes dois meses que já passaram e vejam tudo o que já foi feito nesse sentido. O nosso trabalho está a ser inteiramente direcionado para os novos, imediatos e sempre diferentes desafios da Humanidade! Não é fácil! Mas acreditamos!
O desafio que hoje vos deixo é o de acreditar que o nosso esforço, dedicação e resiliência nos conduzem ao sucesso. Acreditem que todos estão a contribuir para que os nossos alunos venham a ter um futuro sem amarras que os mantenham presos. Acreditem que do vosso empenho, nestas condições tão únicas e irrepetíveis, depende, de imediato, o sucesso das aprendizagens e, a longo prazo, o sucesso das suas vidas. Une-nos a todos o facto de também estarmos em processo de aprendizagem e construção. Os profissionais da educação estão a trabalhar para o sucesso dos seus alunos e de profissões que merecem ser mais reconhecidas. Sê-lo-ão, seguramente, porque não mais será possível silenciar os caminhos desbravados!
É tempo de olhar em frente. Tempo de acreditar, tempo de não desistir.
É tempo de percorrer novos caminhos, porque alguns dos velhos se tornaram intransitáveis, apesar das boas memórias. Esta é a hora de fazer o novo caminho.
É, pois, preciso acreditar! Se o fizermos, não tardará o dia em que aos outros não restará outra alternativa senão seguir o mesmo caminho!
Caros Amigos! É preciso acreditar!
Cuidem-se!
Carlos Alberto Louro
Diretor
Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca